Ele era tudo aquilo com que ela sempre sonhara, um autêntico bad boy. Conquistou-a com aquela atitude de quem não quer saber de nada nem de ninguém. A forma como fez o seu pedido sem olhar para o empregado ou sequer tirar os óculos escuros. O modo como falava com os amigos enquanto certamente contemplava o infinito, sem nunca virar a cabeça para eles, mas brindando-os com pérolas verbais. Até o seu baloiçar de cabeça a seduzia, como se ele estivesse contantemente a ouvir uma música que só ele conhece. Este era seguramente o dia mais feliz da sua vida. Pelo menos até perceber que ele era apenas cego. E mal criado.
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