quarta-feira, setembro 27, 2023

Piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!

Parado no trânsito matinal descobri que a grande maioria dos automóveis que se deslocam nas estradas portuguesas têm mesmo a buzina ligada ao acelerador. E aos travões. E aos máximos. E aos mínimos. E à chave de ignição. E à manete das mudanças. E aos retovisores. E aos mija-mijas. E ao pisca-pisca. E à luz de nevoeiro. E à sinalização de emergência. E à embraiagem. E ao ponto-de-embraiagem. E ao travão de mão. E até, provavelmente, aquela árvorezinha de cheiro enjoativo.

segunda-feira, julho 31, 2023

Jornadas Mundiais da Juventude - Uma opinião

Acho que as JMJ nunca deveriam sair de Lisboa, como deveriam estender-se a todo o país. Senão vejamos: afinal é possível não só reforçar a rede de transportes públicos como tornar os transportes gratuitos; pelos vistos os restaurantes podem praticar preços bem mais acessíveis (continuando a ter lucro); afinal é possível criar espaços verdes nas cidades (faltam as árvores, mas aceito relva cuidada e tratada a um aterro com pilhas de lixo num abrir e fechar de olhos); as empresas que tanto queriam que os trabalhadores voltassem aos escritórios, pelos vistos não têm problemas nenhuns em ter os trabalhadores a trabalhar de casa; aqueles problemas locais para os quais nunca há dinheiro? Fácil. Ajuste direto. Os sem-abrigo são um problema e ficam mal se o Santo Papa tiver de olhar para eles na rua? Todos em pensões ou casas do estado. 

Malta, sim é chato ter de levar com as cantorias do kumbaya e com o maranhal de gente que não nos deixa dormir. Mas se pensarmos que a generalidade dos problemas do país se resolve se imprimirmos 10 milhões de t-shirt vermelhas a dizer JMJ 2023 e umas credenciais em papel que podemos laminar na Stapples por euro e meio, acho que compensa aturar isto para sempre. É a velha história, se não os podes vencer, junta-te a eles.

segunda-feira, junho 05, 2023

Midas, só que em pior.

O Presidente Marcelo tem um dom. 

Ele diz: "Cá para mim, isto que anda a acontecer no governo é estranho.", e os casos não só não param, como aumentam. Ele diz "Epá, andarem à bulha num Ministério e virem contar meias-verdades é estranho. Se calhar alguma coisa devia mudar... talvez o ministro envolvido.", e o ministro envolvido, que até se tentou demitir, não só não é demitido, como vê o Primeiro-Ministro ficar ligado ao seu desempenho futuro.  Ele diz: "Olhem que isto dos certificados de aforro a 3.5%... se calhar os bancos deviam conseguir criar opções de depósitos com algum retorno, para que as pessoas tenham alternativas.", e rapidamente os certificados de aforro a 3.5% são retirados e aparecem outros a 2.5%.

O Presidente Marcelo tem um dom, sim. É pena é que esse dom seja o Toque de Merdas.