segunda-feira, julho 31, 2023

Jornadas Mundiais da Juventude - Uma opinião

Acho que as JMJ nunca deveriam sair de Lisboa, como deveriam estender-se a todo o país. Senão vejamos: afinal é possível não só reforçar a rede de transportes públicos como tornar os transportes gratuitos; pelos vistos os restaurantes podem praticar preços bem mais acessíveis (continuando a ter lucro); afinal é possível criar espaços verdes nas cidades (faltam as árvores, mas aceito relva cuidada e tratada a um aterro com pilhas de lixo num abrir e fechar de olhos); as empresas que tanto queriam que os trabalhadores voltassem aos escritórios, pelos vistos não têm problemas nenhuns em ter os trabalhadores a trabalhar de casa; aqueles problemas locais para os quais nunca há dinheiro? Fácil. Ajuste direto. Os sem-abrigo são um problema e ficam mal se o Santo Papa tiver de olhar para eles na rua? Todos em pensões ou casas do estado. 

Malta, sim é chato ter de levar com as cantorias do kumbaya e com o maranhal de gente que não nos deixa dormir. Mas se pensarmos que a generalidade dos problemas do país se resolve se imprimirmos 10 milhões de t-shirt vermelhas a dizer JMJ 2023 e umas credenciais em papel que podemos laminar na Stapples por euro e meio, acho que compensa aturar isto para sempre. É a velha história, se não os podes vencer, junta-te a eles.