quinta-feira, dezembro 29, 2016

Tradução simultânea

fazer a depilação e saimos!",em português, significa "daqui a 3 horas e meia saio da casa de banho e podemos começar a pensar em fazer-nos à estrada."
Alguém devia inventar uma App que fizesse estas traduções de forma automática. Pelo menos a mim poupavam-me muitas chatices.

terça-feira, dezembro 27, 2016

Sabes que és pai quando... (V)

... guardas um diário de mamadas que de  livro negro não tem nada.

quarta-feira, novembro 02, 2016

Ego

"How come a man with such a small dick can have such a big ego?" - she asked while cumming for the fourth time.

terça-feira, outubro 18, 2016

Pescadinha de rabo na boca

Se é obrigatório andar sempre pela faixa da direita e tendo em conta que a maioria dos condutores não gosta de andar abaixo da velocidade máxima permitida, como ultrapassar sem cometer uma infração?

quarta-feira, setembro 21, 2016

Ser rico em Portugal.


Como cresci a ler livros da Disney, sempre pensei num rico como uma espécie de Tio Patinhas mas em modo big spender. Imaginava um tipo com uma carteira cheia de dinheiro que parece não ter fim, alguém que em vez de escolher diz simplesmente “olhe, levo todos”. Para mim isto era um rico. E depois cresci e aconteceu algo estranho. Tornei-me rico.

Confesso que não estava à espera e sim, foi como se me tivesse saído o euromilhões, mas sem a parte de ter, efetivamente, milhões. Como disse, foi estranho. Na verdade eu já tinha algumas suspeitas que era rico. A minha mãe faleceu e graças a ter sido previdente e ter tido essa possibilidade, o seu seguro de vida, juntamente com o emprego estável do meu pai, o dos meus sogros e o meu, consegui crédito a 50 anos para comprar uma casa a meias com a minha mulher e, pasmem-se, ela engravidou (e eu também) e resolvemos ter a criança. Okay, mas isto de escolher ter a criança não é conversa de pobre? É. Mas ter a criança é atitude de rico, principalmente em Portugal. E vocês perguntam porque raio estou com esta atitude. Afinal, não é em Portugal que os sucessivos Governos fazem do aumento da natalidade cavalo de batalha? É. Mas não é para todos. É, na verdade, para quem é pobre.

Ah! – exclamam vocês. Isto tudo é aquela conversa de chacha da riqueza interior e tal! És rico porque és pai... que bonito! - Não meus amigos, não é nada disso. Passo a explicar. Quando o meu filho nasceu, fui à segurança social tratar da papelada toda. Pensei eu que, estando a mãe da criança sem emprego, sem subsídio de desemprego ou qualquer espécie de ajuda estatal e eu empregado a tempo inteiro, cumprindo o dever de qualquer trabalhador deste país (pagando impostos a torto e a direito), mas chegando ao final do mês a cavar um buraco, pensei então que talvez tivéssemos direito a alguma espécie de ajuda financeira pelo nosso esforço em aumentar a taxa de natalidade. Mas não. Fui então informado pela simpática senhora do guichet, e sem qualquer espécie de preparação prévia, que era rico. Acontece que, estando eu a trabalhar e a ganhar pelo meu trabalho, o Estado considera que não é preciso gastar dinheiro com o meu filho, já que o pai com o seu ordenado chega para dar conta do recado. Afinal de contas, o pai consegue pagar o crédito a 50 anos ao banco todos os meses, consegue pagar água, luz, gás, televisão, internet, telefone (ok, estas 3 últimas são um pacote), ainda lhe sobra para conseguir pagar comida, até tem automóvel próprio que utiliza para ir trabalhar e às compras, e ainda se dá ao luxo de conseguir pagar gasolina para isto tudo, inspeções periódicas e todos os impostos que se pagam por se ter um automóvel. Porque carga de água é que o Estado vai dar uns trocos a um gajo que é claramente rico?

E foi então que me caiu a ficha. Não é bem que eu seja rico. Na verdade é tudo uma questão de semântica. É que em Portugal não há ricos e pobres. Em Portugal há milionários. Depois há os pobres. Depois há os miseráveis. E finalmente há os indigentes. O problema dos partidos políticos é que querem definir isto em classes quando claramente não há classes em Portugal. Há os que têm e que têm tanto que pagam menos que todos os outros – pelos mais variados factores, incluindo os ilegais. Estes são os milionários e o Estado tem um interesse relativo nestes gajos. O interesse é relativo porque muitas vezes estes tipos são os seus amigalhaços, familiares e financiadores, logo não convém abanar muito o barco e mais vale dar-lhe uma abébia, coitados. Depois há os que têm porque trabalham para ficar a zeros no final do mês – estes são considerados ricos e são aqueles que para a generalidade dos partidos são os cidadãos exemplares já que não andam para aqui a acumular dinheiro. É chapa ganha, chapa gasta. Depois temos os miseráveis que são aqueles que se esfolam a trabalhar, a maioria a recibos verdes, e são taxados de tal maneira que chegam ao final do mês com saldo negativo. Aqui nem chega a ser chapa ganha, chapa gasta, é mais o “é para aprenderes a não seres trouxa. Tiras esses cursos que não dão para nada, não estás filiado em nenhum partido e depois queixas-te! Vai mas é para o estrangeiro que não serves de muito por estes lados. Ah, espera! És mão de obra barata. Então fica por cá no teu cantinho. Fica é caladinho, ok?”. E finalmente temos os indigentes, também conhecidos pelos sucessivos Governos como “os pobres”. Ser pobre em Portugal tem dois lados, nenhum propriamente espetacular: por um lado, se pertences aos “pobres” é porque tens entre muito pouco e nada (ou até estás a dever) e então o estado não tem o mínimo interesse em tentar sacar-te algum, porque lhe dá mais chatice que vantagens. Por outro lado, és tão miserável que até fica bem ao estado portar-se contigo da forma contrária à habitual e então até te dá dinheiro para te manter no teu estado “natural” de indigência – isto faz-se em forma de subsídios. Receber subsídios até seria fixe não fosses tão deploravelmente miserável que a magra quantia que te é destinada não paga o sem fim de problemas que tens no dia-a-dia, a começar pela fome, e muito menos te tira do estado miserável em que te encontras. Aqui é como se o estado te desse uns trocos e te dissesse “olha, não gastes tudo em pinhões, ok?”. Claramente o estado não faz puto ideia a quanto anda o pinhão.

É claro que no meio disto temos sempre a malta que não é miserável nem indigente mas que consegue contornar o sistema de forma a parecer ser miserável e/ou indigente. Mas estes parecem interessar tanto ao estado e aos sucessivos Governos como os que praticam fuga de capitais. É deixar passar porque ir atrás deles dá muito trabalho, não dá votos, e porque, sinceramente, é chato e parece mal tirar benefícios a “quem mais precisa”.

Tudo isto para chegar à conclusão que a minha mulher é que tem razão: a culpa disto tudo é minha. É minha porque se eu não fosse rico, ela poderia ser considerada indigente, logo “pobre”, e teria direito a um magro subsídio que nos ajudaria de facto a chegar ao final do mês sem ser no negativo ou a telefonar aos pais a pedir dinheiro. É claro que não sei como é que o estado acha que as famílias sobrevivem se efetivamente dependerem do subsídio de amamentação e do abono de família, mas suspeito seriamente que o estado também não quer saber.

É assim ser-se rico em Portugal: estranho. 

segunda-feira, agosto 01, 2016

A22

(...) e a sagrada via dividir-se-á em três distintas faixas de rodagem, que trarão consigo regras não escritas, devendo antes ser intuídas pelos que nelas viajem.

Regra nº1
A faixa da direita deverá ser utilizada pelos viajantes cujos fracos veículos apenas consigam atingir a velocidade máxima permitida pelo nobre regulamento, a saber, 120Km/h. Jamais o viajante deverá ceder à tentação e abrandar. Caso o seu veículo não seja capaz de atingir a velocidade máxima regulamentar, o viajante deverá ponderar seriamente em despistar-se, isto de forma a colmatar tamanho ato de transgressão e vergonha. Caso não o faça, os restantes viajantes poderão, sem mácula ou dolo, incentivar ao despiste utilizando todos os meios disponíveis: sinais de luzes, buzinadelas e, em última instância, abalroamento.

Regra nº2
A faixa do meio deverá ser utilizada, única e exclusivamente, pelo viajante que não consegue estar parado a 120Km/h, bem como por todos aqueles que estejam sedentos de algo que quebre a monotonia de viajar no interior de algo que ainda pode ser considerado como um pedaço de lata, a uma velocidade relativa capaz de dissolver os órgãos internos instantaneamente em caso de embate.

Regra nº3

A faixa da esquerda deverá ser utilizada apenas em momentos excepcionais, como por exemplo, aquando da realização de testes de maquinaria nuclear ou de viagens no tempo, bem como qualquer tipo de experiências que envolvam velocidades acima da velocidade da luz. É uma faixa destinada, portanto, a motociclos.

terça-feira, julho 05, 2016

Dúvida existêncial

Duas meias não devia dar uma?

domingo, julho 03, 2016

Sabes que és pai quando...(IV)

...vais a um funeral e olhas com inveja para o morto.

segunda-feira, junho 13, 2016

Sabes que és pai quando...(III)

...começas a ver o euromilhões como uma tábua de salvação.

domingo, junho 12, 2016

Sabes que és pai quando...(II)

...qualquer ida inesperada e a solo a um hipermercado a abarrotar de gente é como estar de férias.

quarta-feira, junho 08, 2016

Sabes que és pai quando...(I)

...urinar de porta fechada é excepção à regra.

quarta-feira, junho 01, 2016

Questio

O Gustavo Santos é um anormal ou é um grande anormal?

domingo, maio 29, 2016

Depressão

O José Mourinho deprime-me. É que se nem ele, com todos os seus contactos e dinheiro, consegue livrar-se de ter mamas, que esperança poderei ter eu?

terça-feira, maio 03, 2016

Realidade Vs Ficção

Ele era tudo aquilo com que ela sempre sonhara, um autêntico bad boy. Conquistou-a com aquela atitude de quem não quer saber de nada nem de ninguém. A forma como fez o seu pedido sem olhar para o empregado ou sequer tirar os óculos escuros. O modo como falava com os amigos enquanto certamente contemplava o infinito, sem nunca virar a cabeça para eles, mas brindando-os com pérolas verbais. Até o seu baloiçar de cabeça a seduzia, como se ele estivesse contantemente a ouvir uma música que só ele conhece. Este era seguramente o dia mais feliz da sua vida. Pelo menos até perceber que ele era apenas cego. E mal criado.

Telemarketing de pacotilha

Se alguma vez quiseram saber a quem mais ligam os senhores do BarcleysCard, a resposta é: a toda a gente que está sentada de senha na mão no centro de emprego.

Se não fazem ideia do que estou a falar, parabéns. Fazem parte do 1%.

sexta-feira, abril 29, 2016

ANTRAL, UBER e o senso comum

Os taxistas sabem que podem sempre tornar-se motoristas da Uber, certo?

sábado, abril 09, 2016

Bofetadas

Complete a frase de António Costa "Teria sido um GRANDE ministro..."

Algumas opções:
"...infelizmente calhou João Soares."
"...mas resolvi nomear o João Soares."
"...mas faltou-lhe a cultura."
"...mas quem sai aos seus..."
"...não fosse ser petulante e ignóbil."
"...infelizmente, quando o nomeei, não sabia que era acéfalo."
"...no século XIX."
"...se tivesse ficado quieto e não tivesse feito absolutamente nada."
"...mas f***-**, não havia necessidade."
"...e agora lá vou ter de dar mais uns milhões à Fundação Mário Soares para compensar."
"...mas só me saem duques."
"...esperem, de quem é que estamos a falar? Do João Soares? Porra!"

quinta-feira, março 31, 2016

Observações

Sabes que estás velho quando já não te masturbas com o que poderá vir a ser mas com o que podia ter sido.