Estava eu hoje num café a ler uns papéis quando noto que a televisão do estabelecimento estava ligada. Neste período de pré-euforia pelo provável desastre da selecção portuguesa no Europeu da Suíça/Áustria estava a dar, muito naturalmente, uma das inúmeras peças compostas para proporcionar aos portugueses todo o esplendor da futilidade que rodeia a preparação para esta prestigiada competição futebolística. Então, parece que a ocasião que merecia honras televisivas era uma reunião gravada entre o seleccionador e os seus jogadores. Antes de me perder na prolixa prosa do timoneiro de todos nós, ainda pude captar que o discurso seguia mais ou menos nestas linhas: «(...) e devemos pressionar sempre quando o adversário tem a bola, nunca desistir de um lance porque nunca sabemos quando vamos criar dificuldades aos jogadores contrários...».
Ora, isto posso ser só eu, mas esta malta leva anos a treinar numa base diária.... é realmente necessário vincar isto? Quer dizer, eu não queria entrar no estereótipo do jogador bronco de futebol, mas até que ponto se aplica a alegoria da memória de peixe que tem uma duração média de 3 segundos?
ML