quarta-feira, março 23, 2005

Comentar é trabalhar

Achei interessante o modo como José Mourinho, na sua estreia como comentador, foi "forçado" a comentar um jogo que ele não viu. Penso que a sua atitude em dize-lo antes de tudo foi a mais correcta e sem dúvida nenhuma que, se o jornalista não tivesse sido tão impertinente, a coisa até teria passado. Infelizmente tal não aconteceu, sendo Mourinho "bombardeado" de questões acerca de um jogo que ele não visionou, facto também em si estranho já que se uma pessoa é contratada para fazer um trabalho, no caso, comentar os jogos de futebol da Liga Portuguesa e da Liga Inglesa e sabe-se lá mais o quê (tipo como fazer tartes suecas ou algo assim), parece estranho que o Sr. Todo Poderoso Mourinho não se tivesse dado ao trabalho de, e em 24 horas convem lembrar, perder 90 minutos a ver um jogo de "relativa" importância para a primeira liga como foi o caso do Sporting - Porto.
Tendo em conta que aparentemente não é preciso ter contacto directo (e talvez mesmo indirecto) com os acontecimentos, venho deste modo candidatar-me a comentador político, desportivo, de assuntos económicos, das pescas, do turismo, da imigração legal e ilegal, da filosofia, do direito pecuniário, da relação entre a prática do yôga e a ejaculação precoce, dos animais peludos e com menos pêlo, dos media, das artes e espetaculos, dos assuntos familiares, dos reality-shows e por fim ofereço ainda os meus serviços de carpintaria a preços muito "razoavelzinhos" como esta na moda dizer.
CP

2 comentários:

Anónimo disse...

No caso particular do Mourinho, ele fez muito bem em não ver o jogo. Convenhamos: um indivíduo habituado a observar jogos classe A, como os do campeonato inglês (o melhor do mundo, defendem os apreciadores de bom futebol), decerto não terá a mínima pachorra para os jogos da Liga portuguesa.
Ademais, os comentários de um jogo português servem para outros jogos. Aqui vai um exemplo:
"As equipas entraram com demasiadas cautelas"
"O árbitro e os auxiliares estiveram em dia não"
"Passaram-se coisas muito estranhas neste jogo"

Ou seja, utilizando estas frase-chave, qualquer um pode ser o José Mourinho!

Anónimo disse...

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