quinta-feira, junho 28, 2007

Metalinguagem

A hipocrisia é uma coisa que me meteu sempre muita confusão. Quer dizer, as pessoas chegam ao pé de nós, nós confiamos nelas, desenvolvemos aquela coisa chamada amizade, em que decidimos confiar na pessoa para o melhor e para o pior e vamos por aí à aventura em programas de diversão, festa e gargalhadas... E corre tudo muito bem, lá vai a amizade de vento em popa. E depois um dia ficamos muito espantados quando descobrimos que na verdade é tudo uma aldrabice pegada, que a pessoa apenas nos tolera e nem sequer acha piada às bocas que mandamos, mas pronto, vamos lá fazer o favor à pessoa, senão morremos aqui todos de tédio...

Toda a gente já assistiu a casos destes, ficando obviamente chocados pela traição, pela punhalada nas costas, pela hipocrisia, persona non grata, fds, tu nunca mais me apareças à frente...! E quanto a nós? Népia, alguma vez eu faria uma coisa dessas, mas por quem me tomas?, o meu berço é de ouro e fui educado com os valores da Santa Madre Igreja e de acordo com uma ética comunitária.

E depois chega o messenger e denuncia toda a podridão humana e a razão pela qual iremos todos arder no Inferno com os barões de droga colombianos e o Bibi. Somos todos hipócritas, não há volta a dar. Porque andamos aí a apregoar que achamos um piadão à paródia que se passa na nossa janela de messenger e estamos distraidamente a seguir a conversa ou a cuscar as novas na marvel.com ou no hentaifzh.net

E vamos mandando gargalhadas virtuais, retribuídas com mais risadas e emoticons divertidos, quando o que verdadeiramente se passa é o seguinte:

HS says: E depois aconteceu isto, isto e isto!!!
ML says: lol [resposta educada de quem leu com profunda indiferença tudo quanto foi escrito]

CP says: E olha, isto que aconteceu deixou-me assim, assim e assado...
ML says: ["já chega, cala-te lá um pouco que estou farto desta conversa" ou "a ver se o assunto morre de uma vez..."]

EV says: Eu acho que isto é um espectáculo, devias experimentar!!!
ML says: ["I could not care less"]

GD says: E foi nessa altura que fiz isto!!!
ML says: lolol [esboça um sorriso]

INCS says: E ela contou-me isto, e eu disse aquilo, porque não-sei-quem acha que tal!
ML says: lolololol [sorriso rasgado, acha realmente piada]

BK says: E de repente passa-se isto, achas normal?!
ML says: LOL [acha graça ao que lê, forma um sorriso aberto, mostra a dentadura e deixa sair uma risada de satisfação]

adancadasolidao says: Olha que não, bom, bom seria se fosse isto desta maneira ou da outra!
ML says: LOLOLOL [solta gargalhadas, rindo-se]

Anaoj says: E ele perguntou-me... estás preparado...? Mas isto não é o mesmo que aquilo?
ML says: LOLOLOLOLOLOLOLOLOL [histérico]

Nota: o que aqui se disse é válido para as variantes «ahah/haha», «eheh» ou o espanhol «jejeje»;

Nota2: I'm going to hell because i do this, and so are you all :P

ML

segunda-feira, junho 25, 2007

sábado, junho 23, 2007

Blogsérie Interactiva - 9m32s - Episódio 8 (Finalmente)

Episódio 1 - Autor: Capitão-mor
Episódio 2 - Autor: LoiS
Episódio 3 - Autora: Jade
Episódio 4 - Autor: Capitão-mor
Episódio 5 - Autor: LoiS
Episódio 6 - Autor: Maríita
Episódio 7 - Autor:Maríita

Episódio 8:

Amélia já nem sente as pernas. Limita-se a flutuar. Percorre todos os quartos, todos os corredores mas só ouve a respiração ofegante da João.

Não, agora não! Logo agora que te encontrei de novo não te vou deixar ir. - pensava em voz alta.
Encontrou a João estendida no chão da cozinha. O seu corpo jazia mesmo no meio de uma poça de sangue que insistia em expandir-se.

Meu Deus, tanto sangue! - pensou Amélia.

- "João! João! Por favor diz qualquer coisa!"

- "Mmmm... Amélia... mmm..."

- "João, por favor... diz algo!

Ao ajoelhar-se junto à sua amiga, sua colega, compenheira de tempos cruéis nos quais eram forçadas a ver os jogos do Benfica, Amélia repara que o sangue afinal não passa de ketchup.

- "João?"

- "Mmmmm..."

- "Onde é que ela te atingiu?"

- "Mmmmm... não é isso... estás com o joelho em cima da minha mão!"

- "Oops. Desculpa! Estás bem?"

- "Sim, aquela cabra da Débora... vá lá que a pontaria dela é muito semelhante à de uma toupeira com cataratas. Mas olha que mesmo de raspão isto doi que se farta!"

-"Hum... bem acho que não é da bala, é que estás mesmo em cima de uma garrafa de Ketchup. A picada deve ser dos vidros."

-"Caraças! E o casaco acabado de comprar...RAIOS! Vou matar aquela p"

-"Amélia? Amélia estás ai?"

No meio da confusão Amélia tinha-se esquecido completamente do homem que a faz tremer por dentro, isto se não contarmos com o seu tio António mas esse era um homem de enormes recursos, além de ter curso pelo Chapitô.

-"Diz Augusto. Onde estão?"

-"Estamos todos juntos numa carrinha mas não sabemos nem onde e muito menos o que fazer. Estamos com os olhos em lágrimas."

-"Pois o gás..."

-"Não! Estão-nos a obrigar a ver gravações do programa da Fátima Lopes. O Reis já lhes disse para o deixarem voltar à seita para ser sodomizado e chicoteado mas mesmo assim eles não param!"

-"Chiu! Estou a ouvir passos. João consegues levantar-te?"

-"Claro baby. Que bosta, o casaco está mesmo perdido. "

Amélia e João escondem-se atrás de uma enorme mesa na qual, muito provavelmente, eram preparados os corpos para os rituais e, pela quantidade de farinha, claras em castelo e acúcar muitas outras iguarias. Antes do clarão e do intenso cheiro a perfume barato as ter feito desmaiar só tiveram tempo de ver uns sapatos castanhos e o que lhes pareceu ser uma bengala.

(Continua)
CP

Proponho que o próximo capítulo, a sair preferencialmente na próxima 4ª feira, seja escrito pela Arya do Blog Blog Secreto dos Génios Rebeldes.

Cera

Confesso-vos que desde que tomei conhecimento, há muitos anos atrás, de como a minha irmã recorria à cera para fazer a depilação, nunca me preocupei muito em conhecer as propriedades desse produto, como elemento supérfluo ao universo masculino. A minha opinião mudou um pouco depois do «Corpo de Delito», com a Madonna, mas no essencial permaneceu inalterada. E isto para dizer que em todo o meu tempo de vida sempre imaginei que, se algum dia tivesse de lidar com cera, a estaria a retirar do peito após uma noite louca de prazer alternativo, e não a olhar desconsoladamente para uns tenis de camurça cujo código genético foi alterado para sempre...

ML

sexta-feira, junho 22, 2007

quinta-feira, junho 21, 2007

Intervenção divina

A vida tem o potencial de se tornar monótona. Quer dizer, imaginemos Lisboa. Vir trabalhar todos os dias de manhã até Lisboa é o IC19 a reproduzir carros como coelhos, a 2.ª circular entupida, a angústia das portagens na 25 de Abril. Depois é trabalhar até às seis da tarde ou mais além e enfrentar o longo e demorado salto em frente até Sintra, Amadora, Almada, Alverca onde nos pode ou não esperar a louça do dia anterior, que não tivemos tempo ou pachorra para lavar, e inevitavelmente, o jantar por fazer. E por isso toca de ir ao Pingo Doce ou ao Modelo, que até é mais barato mas fica mais longe para comprar a comida que já tinha acabado, mas - oh, supresa! - tinha-me esquecido! Isto para não falar da prole, que nem consigo imaginar o que é a responsabilidade de conciliar emprego e filhos. E por isso, ao fim de uns tempos, se um gajo não faz nada para o evitar, entra a rotina, entram os 40 anos onde só se tem trinta e uma pessoa está completamente perdida na vida. E nisto chega Deus e inventa a Lei de Murphy. A Lei de Murphy é a resposta divina à invenção da sociedade de massas pelo Homem.
Graças à Lei de Murphy, eu sei que vou parar à caixa registadora onde não só as pessoas NÃO vão pagar com cartão, vão querer contas separadas para certos itens, se calhar ainda pedem factura e a senhora que está à minha frente se vai querer desfazer de todos os trocos que lhe estiverem a pesar no porta-moedas, como se as pessoas se sentissem mais ricas quanto mais leves sentirem a bolsa.
E depois as pessoas confundem stress com emoção! A Lei de Murphy está cá para garantir que vida de um gajo se torne mais entusiasmante, não para enriquecer os psicólogos! Senão, por que motivo, quando eu estou assim mesmo aflito para largar daquelas vagas ininterruptas de bosta pela sanita abaixo (essas mesmo de entupir o cano), encontro aquela vizinha que me conhece e que quer ficar a falar comigo, por que razão as chaves caem antes de entrar na fechadura e esta não abre à primeira? E, mais grave, sendo do conhecimento geral como a proximidade física da sanita aumenta a pressão intestinal, por que motivo o ziper encrava e os botões das calças ficam presos, senão para um gajo poder gozar a evacuação com maior prazer?

E depois as igrejas estão vazias. Não se compreende.

ML

domingo, junho 17, 2007

sábado, junho 16, 2007

quinta-feira, junho 14, 2007

Quando se está no céu tem-se claramente tempo a mais

Nestes últimos dias tive a oportunidade de verificar algo interessante que se prende com o mundo da aviação comercial.
Ao olhar pela janela reparei que nas asas dos aviões que vemos mas que principalmente ouvimos está escrito o seguinte: "Do not walk outside this area". A princípio pensei que se tinham enganado, já que me apreceu obvio que o que queriam ter escrito seria algo como: "Do not walk here!" ou simplesmente "Are you ok? Oh nothing. It's just that you are OUTSIDE the bloody aeroplane mate!". No entanto, com o passar do tempo consegui perceber o porquê de escreverem "Do not walk outside this area" nas asas: é que habitualmente as pessoas sentem-se aborrecidas e após tantas horas sentadas tendem a querer ir esticar as pernas um pouco. Desta forma sabem sempre até onde podem ir para apanhar ar. Outra hipótese, provavelmente mais realista, prende-se com o preço dos bilhetes e com a qualidade dos lugares. Ora, a maior parte do avião é ocupada pelos passageiros da classe turística que estão todos misturados uns com os outros e com a tripulação. Logo na parte da frente do avião encontramos os passageiros que viajam em classe executiva, pagam mais mas ganham uma divisória que os separa claramente dos demais passageiros (ou ralé) da turística. Esta divisória consiste numa poderosa cortina de correr cinzenta. Parece-me evidente a existência de toda uma outra classe que aparentemente tem o próprio avião, assim como o oxigénio, como divisória entre si e todas as outras classes. Resta saber se eles pagam mais só para não comer a "deliciosa" comidinha que é servida ou se é mesmo para não serem incomodados com o irritante barulho do intercomunicador e do pseudo-falatório completamente imperceptível da tripulação.


CP

E agora...?!


ML

quarta-feira, junho 13, 2007

Pai de família


(sim, eu sei, por definição, pretende-se que a tira seja visualizada de uma só vez... poupem-me, ainda não acertei com os tamanhos, é tarde e não me apetece fazer de novo)

ML

segunda-feira, junho 11, 2007

domingo, junho 10, 2007

E isto é o que acontece...

...quando não se usa o copy/paste.


ML (lookit me, I'm a cartoon character!!)

Por aqui para a Dupla Personalidade.

sábado, junho 09, 2007

sexta-feira, junho 08, 2007

What's the matter McFly?

Getting an aeroplane up in the sky is a lot like playing chicken. The only thing is that, in this case, you're playing chicken against gravity.
CP

quarta-feira, junho 06, 2007

Diário de Alfredo (I)

Terça-Feira, 03 de Novembro
Hoje a M. convidou-me para tomar um café. Enquanto conversávamos o tópico voltou a cair sobre o porquê da minha solidão. Não percebo como é que ela, sendo minha amiga de longa data e já tendo sido minha amante ainda não entendeu o que é que eu quero de uma mulher. Penso ser um tipo normal, que não procura nada de muito especial, apenas alguém a quem consiga fazer rir, de preferência sem ter de tirar a roupa para o conseguir.

Segunda-Feira, 13 de Dezembro
Há muito que não escrevia. Encontrei alguém! Felicidade. Ela é perfeita para mim. Tem as suas manias mas é muito alegre, bonita e segundo os últimos exames possui um Q.I. superior a 115. Resta saber quando falará comigo. Suponho que derramar café quente em cima dela não tenha sido a melhor abordagem. Mas tenho esperança de que quando ela sair da unidade de queimados irá querer dar-me uma palavrinha que seja. A vitória é minha!

(Continua)
CP

domingo, junho 03, 2007

Discurso à nação

Infelizmente tudo o que é bom acaba. Felizmente tudo o que é mau também! Assim sendo, e com o fim do semestre, chega também ao fim o brilhante programa Posta@Posta da Jornalismo Porto Rádio. Com o fim do Posta@Posta, chega também o momento de fechar a cortina ao Direito de Antena Carapaus com Chantilly que acompanhava o programa há alguns meses. Como podem ver, há sempre um lado positivo!
(pausa para aplausos e ida à casa-de-banho)
Mas há um bónus! Num obvio ímpeto de pura irracionalidade os membros do Posta@Posta resolveram convidar os Carapaus a participar uma última vez no programa mas agora como entrevistados. O maravilhoso, hilariante e extraordinariamente esclarecedor resultado pode ser encontrado aqui.