terça-feira, agosto 18, 2009

Salvem o Noéme!! (Deve ser lido à guisa de «Save the clock tower» em Regresso ao Futuro. Com o Michael J. Fox)

Então. No outro dia o meu amigo Márcio chegou ao pé de mim e disse. ML (ele não me trata por ML, trata-me pelo meu nome verdadeiro, mas eu não vos digo qual é. Tomem, tomem), há uma situação lá na aldeia onde vivem os meus pais que é preciso divulgar. No Rochoso passa um rio chamado Noéme que está a sofrer com as descargas constantes de algumas fábricas que se instalaram nas proximidades do rio Diz. O rio Diz é afluente do Noéme e toda a porcaria está a ir parar ao Noéme. Este rio passa muito próximo da casa dos meus pais.
Não te passa pela cabeça. O rio Noéme era um curso de água fresca, límpida, onde se podia brincar, saudável! Agora é um horror, cheira a podre, a água está suja, já não se pode andar lá dentro. Deixámos de ver peixes a passar pelo rio. E o pior de tudo é que ninguém sabe o que está a ser feito para se resolver o problema e parece que ninguém com algum poder está realmente interessado a fazer seja o que for acerca do assunto. Uma entrevista, e a pessoa esquiva-se. Outra entrevista, outra pessoa que se esquiva. Pessoalmente, é uma luta que merecia maior divulgação. Na verdade, tive a sorte de ser entrevistado num jornal local e, recentemente, o Noéme foi notícia na SIC!
Foste entrevistado?, disse eu. Mas porquê tu?, perguntei eu. É que eu criei um blog dedicado ao assunto. Chama-se Crónicas do Noéme e isso chamou a atenção do jornal!
Fabuloso, disse eu, de forma um tanto ou quanto juvenil, entusiasmado pelo que o meu amigo Márcio me dizia. Mas, ao certo, o que é que me estás a pedir?
Ora, comentou ele. Não és tu que tens um blog que já dura há vários anos e que é um caso muito raro de longevidade na internet por que as pessoas sentem imensa curiosidade?
Sim, é verdade disse, eu.
Então, disse ele. Não podias fazer um post sobre o rio Noéme para ajudar ao esforço de divulgação?, perguntou ele.
Epá, o nosso blog é de humor..., comentei, a medo. A minha tendência imediata seria gozar com o rio e acho que isso não te ajuda muito...
Então, começou ele.
E a conversa durou até o dia seguinte. Eram 10 para a meia noite, em todo o caso. Foi uma conversa breve. Na verdade nunca existiu. Ele limitou-se a enviar um mail a pedir um post sobre o Noéme. O Noéme existe. E o rio Diz também. E a Guarda. E a poluição. Vão às Crónicas do Noéme e comentem. Ajudem à causa. Não custa nada. A não ser que queiram contribuir. Para o quê não sei, porque o Márcio não está a organizar um peditório. Mas eu posso fazê-lo e disponibilizar um NIB muito em breve. Visitem o blog e comentem. E no nosso também. Se quiserem.

ML

segunda-feira, agosto 17, 2009

domingo, agosto 16, 2009

Info

Ah, afinal a faixa da esquerda é para todos os carros que não são o meu!
CP

sexta-feira, agosto 14, 2009

Reflexões (II)

Não seria melhor política se na prisão passassem a usar gel de banho?
CP

quinta-feira, agosto 13, 2009

Dizeres (I)

Pedras no meu caminho? Guardo-as todas.
Um dia vou apredejar o Presidente da Câmara por não ter asfaltado a rua.
CP

Palavras do avô (II)

Naqueles tempos a vida era mais simples. Acordávamos às 5 e meia da manhã e íamos para os campos. Por volta do meio dia e tal comíamos qualquer coisa, geralmente um bocado de pão duro e uma malga de água e íamos espancar o escravo. Eram tempos difíceis mas ao menos ríamos muito. Até que apareceu o Antunes e deu uma machada no Xico. Depois disso tivemos de dizer ao Antunes que afinal não tinha sido o Xico a roubar-lhe o cavalo. E aí é que foi rir à gargalhada. Bons tempos.
CP

terça-feira, agosto 11, 2009

Testamento

Quando for para o México, se o meu avião cair no Atlântico, quero que as minhas cinzas sejam espalhadas pelo mar.

ML

segunda-feira, agosto 10, 2009

Incauto

Imaginai o seguinte cenário: Domingo pela tarde, feijoada pelo almoço. Sedimentos atrás de sedimentos de feijão (daquele castanho, que é para ser pesado) preenchem um estômago já moldado pela pizza do dia anterior e pelas torradas da manhã. Anos de experiência acumulada permitem antecipar o inevitável escape de detritos acumulados. Ying e Yang. Pressão e Alívio. E porque estes momentos de reequilíbrio cósmico, ao efectivamente estimularem a reflexão e a actividade intelectual em geral, se afirmam como momentos culturais por excelência, sucede muitas vezes uma recolha incauta de um qualquer folheto, periódico ou livro para fruir esse precioso momento de fervilhão ontológico. Incauto o gesto? O seu actor? Ambos? Sim, porque o que fazer quando recolhemos um livro do José Saramago? O que fazer quando não há mais detritos para expulsar, mais sedimentos para fermentar? O que fazer quando a dinâmica interior termina e a actividade intelectual perde o seu catalisador? O que fazer quando não há o raio de um ponto final, de um parágrafo evidente que nos permita dizer: «aqui pararei, aqui retomarei»? Aqui me poderei levantar. E limpar o rabo. Que esta merda está a secar.

ML

sexta-feira, agosto 07, 2009

Reflexões (I)

Será que uma pessoa sem pernas também deixa pegada ecológica?
CP

quinta-feira, agosto 06, 2009

Idade

As Spice Girls estão a dar no VH1. É oficial. Sou idoso.

ML

segunda-feira, agosto 03, 2009

Palavras do avô (I)

"Gosto de receber as pessoas de braços abertos. Ou pelo menos gostava.
Antes da guerra."
CP

domingo, agosto 02, 2009