terça-feira, novembro 28, 2006
segunda-feira, novembro 27, 2006
A catástrofe ignorada
Parece o mito do eterno retorno... Cada Inverno que vem é como o anterior: onde durante o Verão deflagram os incêndios, três meses depois lá estão as cheias para nos lembrar que vivemos numa falsa segurança e que tudo quanto se tem pode ir literalmente pelo cano. Todos os anos é a mesma coisa: cidades inundadas, rios entupidos de viagra, carros plenamente convictos que desta é que vão provar que sabem nadar, enfim, tudo somado... pessoas desalojadas, prejuízos de muitos euros, a ruína do pequeno comércio... tudo na tv para nosotros vermos da (ainda) segurança do nosso lar... ou não?
Não, de facto. Porque com o aparato das casas alagadas e das linhas de comunicação cortadas, os media não prestam atenção à real tragédia, à devastação em grandes proporções que se passa tão perto de nós... tão próximo das nossas casas... na verdade, debaixo mesmo dos nossos pés... e só quando nos bate à porta é que nos damos conta. E não só não se fala, como se insiste em ignorar e em não fazer nada a respeito. Mas até quando vamos deixar continuar a inundação e destruição dos formigueiros!!? Todos os anos, centenas de milhar de formigas são forçadas a abandonar as suas colónias por causa desta catástrofe formicidária e a invadir as residências alheias em pânico e desespero. Ora, não se trata apenas de uma situação perturbadora para a formiga, que busca a todo o custo refúgio num espaço seco e seguro, mas para o próprio Homem, que não tem o seu espaço adaptado para o acolhimento de milhares de novos elementos, por pequenos que sejam. A crise dos formigueiros acaba, deste modo, por provocar desiquilíbrios difíceis de resolver, particularmente porque, no seu pânico, as formigas procuram restabelecer o seu ecossistema na cozinha do Homem, agravando uma tensão diplomática já de si periclitante devido à violação das fronteiras domésticas. A unilateralidade das formigas acaba, muitas vezes, por conduzir à abertura das hostilidades e ao genocídio provocado pela bomba Raid ou pela alternativa não menos eficaz, os bombardeamentos com Ajax.
O genocídio das formigas tem de ser divulgado e os Carapaus com Chantilly apelam nomeadamente à Tvi que se digne noticiar esta catástrofe que todos os invernos chega às nossas casas. Passem a palavra! Insurjam-se! E queiram enviar os vossos donativos ao Núcleo de Apoio à Vítima do Formigueiro que funciona na sede dos Carapaus com Chantilly. Obrigado a todos.
Não, de facto. Porque com o aparato das casas alagadas e das linhas de comunicação cortadas, os media não prestam atenção à real tragédia, à devastação em grandes proporções que se passa tão perto de nós... tão próximo das nossas casas... na verdade, debaixo mesmo dos nossos pés... e só quando nos bate à porta é que nos damos conta. E não só não se fala, como se insiste em ignorar e em não fazer nada a respeito. Mas até quando vamos deixar continuar a inundação e destruição dos formigueiros!!? Todos os anos, centenas de milhar de formigas são forçadas a abandonar as suas colónias por causa desta catástrofe formicidária e a invadir as residências alheias em pânico e desespero. Ora, não se trata apenas de uma situação perturbadora para a formiga, que busca a todo o custo refúgio num espaço seco e seguro, mas para o próprio Homem, que não tem o seu espaço adaptado para o acolhimento de milhares de novos elementos, por pequenos que sejam. A crise dos formigueiros acaba, deste modo, por provocar desiquilíbrios difíceis de resolver, particularmente porque, no seu pânico, as formigas procuram restabelecer o seu ecossistema na cozinha do Homem, agravando uma tensão diplomática já de si periclitante devido à violação das fronteiras domésticas. A unilateralidade das formigas acaba, muitas vezes, por conduzir à abertura das hostilidades e ao genocídio provocado pela bomba Raid ou pela alternativa não menos eficaz, os bombardeamentos com Ajax.
O genocídio das formigas tem de ser divulgado e os Carapaus com Chantilly apelam nomeadamente à Tvi que se digne noticiar esta catástrofe que todos os invernos chega às nossas casas. Passem a palavra! Insurjam-se! E queiram enviar os vossos donativos ao Núcleo de Apoio à Vítima do Formigueiro que funciona na sede dos Carapaus com Chantilly. Obrigado a todos.
ML
sábado, novembro 25, 2006
Aventuras Alucinantes
Vocês já apanharam uma caixa multibanco que falasse?
Pois é.Digo-vos que é uma experiência alucinante, mas também embaraçosa e por fim garanto que só dá vontade de responder: "oh minha sr.ª cale-se e passe para cá as massas!"
INCS
ps. - verifiquem se há algum agente da autoridade nas redondozas, é que parece que isso também se diz nos bancos, quando as pessoas invocando o anonimato exigem pagamento em numerário (vulgo dinheiro). Dizem que o resultado nunca é favorável para o cidadão.
Pois é.Digo-vos que é uma experiência alucinante, mas também embaraçosa e por fim garanto que só dá vontade de responder: "oh minha sr.ª cale-se e passe para cá as massas!"
INCS
ps. - verifiquem se há algum agente da autoridade nas redondozas, é que parece que isso também se diz nos bancos, quando as pessoas invocando o anonimato exigem pagamento em numerário (vulgo dinheiro). Dizem que o resultado nunca é favorável para o cidadão.
Actimel
Seguindo o mau gosto e porqueira que tem assolado este blog, assim como inspirado pela referência a flatulência da nossa amiga 4025km decidi também partilhar com vocês o efeito que o actimel tem na minha pessoa. Digamos apenas que me sinto feliz pelo facto da publicidade não ser honesta; não desejaria a ninguém ficar fechado comigo numa bolha hermética após beber um actimel.
HS
HS
segunda-feira, novembro 20, 2006
Of Bacteriae and Men
A ideia para este post surgiu-me há uns dias atrás quando, nesta sublime realidade própria que é a Lisboa na hora de ponta, procurava relaxar na privacidade do meu carro enquanto esperava que o sinal abrisse para, por causa do trânsito, mesmo assim não me deixar passar. E qual é o meu ponto de partida para este post? Privacidade. Há poucos sítios nesta vida onde temos real privacidade. Um deles, julgamos nós, é a nossa própria casa. Ora, para quem, como eu, mora num Rés-do-Chão, privacidade é fazer show-off dos meus (não tão) potentes abdominais para a vizinhança que tenho o prazer de cumprimentar pela manhã. Portanto, não, a nossa casa não é a resposta certa. Se respondessem casa de banho... talvez. Mas adiante.
Ora, outro desses sítios que eu julgava que nos proporcionavam privacidade quase inviolável era o nosso carro. E antes que comecem a afagar os vossos genitais, pelo amor de Deus, eu estava no trânsito às seis da tarde, não num caminho ermo às duas da manhã, seus tarados sem vida. Isto não é um capítulo da Harlequin e este blog não é a Gina. Retomando, estava no trânsito, preocupado lembro-me lá eu com o quê, quando olho para o retrovisor e que vejo eu? O cavalheiro que seguia no carro atrás do meu, também ele claramente convicto do que se revelou ser um verdadeiro mito urbano: a privicidade do nosso veículo. Estão a ver? É que se ele suspeitasse que pelo retrovisor do carro da frente podia ser visto a enfiar o seu grosso indicador pela narina adentro e revolver e revolver e revolver até sair uma verdosa de lá de dentro, certamente que não o faria. Para vos ser franco, todo aquele espectáculo prendeu-me a atenção. Minutos depois, fiquei feliz por o despistar na marginal e cheguei são e salvo a casa, para vosso gáudio.
Dias volvidos, passada a perturbação do momento, não posso deixar de me interrogar. Qual era o mal? Privacidade ou não, estando ele num espaço público ou não (e isto é discutível à luz do Direito, acreditem em mim que não sou advogado, mas tenho noções de História do Direito no séc. XVI), repito, que se pode censurar a esse senhor ou a qualquer pessoa que desempenha a sua higiene nasal quando a tem de desempenhar? Ele está claramente a trabalhar para ser um homem mais limpo e impoluto, potenciando aquilo que lhe foi dado por Deus e para que o comum lenço fabricado pelo Homem é insuficiente: a unha! Já experimentaram raspar uma raspadinha com uma unha? Não é tão eficaz como uma moeda, pois não? Mas não podem propriamente meter uma moeda no nariz, pois não? Pelo menos de modo a limpar como deve ser. Mas uma unha numa cavidade nasal? O seu efeito raspante é superior ao da superfície lisa do lenço, incrementando desse modo a eficiência da limpeza, mas ai daquele que se lembrar a escavar a narina em público! A sociedade critica.
O mesmo com cuspidelas. Ahhh... está bem. Vamos tratar as coisas pelos nomes. Escarros. Sim e novamente: das verdosas. Não vou comentar o óbvio. Expelir as escarretas é saudável para o ser humano, especialmente para o aparelho respiratório (não, não sou médico, mas o GD é. Perguntem-lhe, pode ser que ele vos responda). A sociedade não critica isso. Mas mandar para o chão?! Valha-vos Deus, nunca mais a rapariga que vir uma coisa dessas olha na vossa direcção! E a sociedade critica! Mas ouçam bem! A escarreta ajuda ao equilíbrio do meio ambiente, que é algo que já não acontece com a ponta de um cigarro. Quer dizer, todos vocês, espertalhões que fumam, são capazes de mandar uma ponta pró chão, mas se eu espetar com uma verdosa ficam a olhar para mim, não é? Filhos da mãe.
E que me dizem a lavar as mãos após defecar? Ah pois é? Então o papel higiénico está entre a mão e a bosta, não há contacto de espécie alguma, digam-me para quê lavar as mãos. Elas estão na mesma condição que quando entrei no WC e me sentei na sanita! Portanto... qual é a crise?... Mas a sociedade critica.
Espero que este post vos ajude a superarem alguns dos vossos preconceitos civilizacionais e contribua para que as pessoas com mocosidade excessiva, elevados índices de especturação e..., bem, os mais expeditos na casa de banho não se sintam marginalizados por uma sociedade que nunca precisou de desculpas para ostracizar os nerds, os geeks e as pessoas que não sabem dançar... malditos!
ML
domingo, novembro 19, 2006
Ensaio sobre a Cegueira Remix
Antes um aviso: este é um daqueles posts que se fosse pronunciado por alguém com uma certa posição social lhe iria arruinar por certo uma qualquer brilhante carreira no ramo da jardinagem ou decoração de interiores.
O post que se segue pode ser visto como incrivelmente ofensivo, retardado ou simplesmente parvo. Na verdade ninguém vos obriga a lê-lo pois não?
Assim sendo, recomenda-se às pessoas com o mínimo bom-senso que não leiam o post caso contrário correm o risco de ficar para todo o sempre com ligeira perturbação mental, mania da perseguição e aguda dor de burro.
Há algo que me vem a atormentar o espírito e que me começa a tirar o sono. Cheguei há 8 anos à cidade de Lisboa, vindo do Algarve - para os habitantes da metrópole, refiro-me ao sítio que vocês habitam durante o Verão e ao qual denominam "parvónia" durante o resto do ano- e confesso que não estava habituado a assistir tão de perto à miséria humana. Assim surpreendeu-me a quantidade de sem-abrigo, as filas intermináveis de pessoal maioritariamente ucraniano junto aos caixotes do lixo dos hiper-mercados ao fim da tarde, a delinquência juvenil, o racismo, o pedantismo existente nas universidades e finalmente fui surpreendido pela quantidade quase absurda de cegos.
Nunca na minha vida vi ou fui abordado tantas vezes por cegos como nestes anos em Lisboa mas a verdade é que também não havia metro em mais lado nenhum. O que nos traz à minha primeira questão: porque é que só existem cegos nos metros? Raramente encontro cegos noutros locais. Sei que eles existem noutros sítios mas a realidade é que é no metro que os encontro em grande quantidade. Será que os cegos se estão a organizar para tomar conta do nosso submundo literalmente falando? Ou será que os cegos sabem da existência de uma ameaça qualquer da qual nós não fazemos ideia e por isso são cada vez mais os que populam o metro de Lisboa? Estarão eles devagarinho a tomar conta das diversas estações de metro com o intuito de um dia poderem tomar de assalto a capital e depois todas as principais cidades que eventualmente terão metro? Será que é o lobby dos invisuais que tanta pressão faz para que haja metro para todo o lado e em todo o lado? E não me venham com histórias porque eu sei por experiência que, de ano para ano, os cegos tomam os lugares dos vulgares doentes de sida, pessoal sem pernas ou vulgares pedintes ranhosos. Cada vez menos sou abordado pelo simpático se bem que irritante senhor doente e sem perna (mas que corre muitissimo bem quando a polícia está à vista) da linha azul ou pela senhora de idade com sérios problemas de higiene na linha verde. Ah mas isso é porque não andas em todas as linhas! Confesso que não costumo parar muito na linha vermelha mas agora digam-me lá o seguinte: se todos os pedintes não-cegos foram excomungados para a linha vermelha porque raios é que isso aconteceu? Será que o pessoal com dinheiro e que mais esmolas dá vive em Chelas? Não me parece! E quem, senão os cegos, os expulsou das outras linhas? Será que os cegos têm acordos especiais com as forças de intevenção e conseguem expulsar do metro quem lhes apetecer? Isso sim é um pensamento verdadeiramente assustador: as nossas forças de segurança são os olhos e os bastões dos cegos! Não tarda os cegos serão imparáveis!
Também me questiono se não serão justamente os cegos a precisar da nossa ajuda pois, caso a minha teoria do complot dos cegos contra a malta com visão esteja errada, surge outra situação bem pior. Será que há cegos a serem criados de propósito para sobreviver no metro a vida toda? Pensem um bocado nessa hipótese: os cegos chegam ao metro às 6 horas da manhã e saem, digamos que à hora de jantar, entre as 19/20 horas. Devem ter montes de dinheiro à hora de saída. Mas vão para onde? Alguma vez os viram a comer? A gastar algum do dinheiro? Que fazem eles então ao dinheiro recolhido? Alguma vez viram um cego do metro noutro sítio que não o metro? Alguma vez o viram no Continente a escolher umas meias? Na Fnac a brincar com um iPod ou simplesmente num café a pôr a conversa em dia? Para onde é que eles vão quando o metro fecha? É que quanto mais penso mais me parece segura a existência de sweatshops de cegos onde eles são armazenados todas as noites e forçados a uma lavagem cerebral através do uso de cassetes-pirata com intruções que, durante a noite, lhes dá a lenga-lenga do "Boa tarde senhoras e senhores. Façam o favor de me auxiliar!" depois em caso de queda de moeda "Plim Plim!" há a resposta tipicamente Pavloviana "Muito obrigado e bem haja!" ou a variante "Obrigado, saúde e sorte!".
Amigos e amigas estes são os nossos cegos e devemos lutar por eles! Ou contra eles se efectivamente os sacaninhas se estão a organizar para dar conta de nós! Malditos sois seus autómatos cegos que nos querem eliminar! Ou então, pobres desgraçados obrigados pela organização terrorista a A.C.A.P.O. (Associação Central para a Paralisação do Ocidente) a percorrer os nossos metros durante toda uma vida, sem o mínimo de condições ou pausas para ir à casa de banho. Devemos unir os nossos esforços e olhar pelos nossos cegos!
CP
P.S. Esta é uma mensagem com um destinatário muito específico. Atenção pois este P.S. faz parte do post e portanto, para os leitores mais sensíveis, recomenda-se vivamente que passem ao post seguinte ou aos outros que estão em baixo e que até têm uns vídeos bem engraçados!
Desde que cheguei a Lisboa há um cego em especial que sempre me chamou a atenção. Ele costumava estar na paragem do Saldanha à saída para a Av.Duque D'Ávila e estou certo que quem vive em Lisboa sabe de que cego estou a falar. É um senhor cego que toca uma pequena gaita/teclado que só funciona (dá som) quando o indivíduo sopra na gaita e carrega numa tecla ao mesmo tempo. Não tenho nada contra a aprendizagem de um instrumento musical mas chiça amigo, em 8 anos, oito anos, como raios é que ainda não consegues tocar a bodega da música toda de uma assentada? Caraças pá! Um gajo gosta de ti e até de dá uns trocos quando tem mas fogo haja limites não é? É que ninguém te pede que te tornes num Miles Davis da gaita de sopro mas pelo menos mostra lá que te esforças um bocadinho por conseguir tocar, nem digo uma música mas pelo menos meia música!
O post que se segue pode ser visto como incrivelmente ofensivo, retardado ou simplesmente parvo. Na verdade ninguém vos obriga a lê-lo pois não?
Assim sendo, recomenda-se às pessoas com o mínimo bom-senso que não leiam o post caso contrário correm o risco de ficar para todo o sempre com ligeira perturbação mental, mania da perseguição e aguda dor de burro.
Há algo que me vem a atormentar o espírito e que me começa a tirar o sono. Cheguei há 8 anos à cidade de Lisboa, vindo do Algarve - para os habitantes da metrópole, refiro-me ao sítio que vocês habitam durante o Verão e ao qual denominam "parvónia" durante o resto do ano- e confesso que não estava habituado a assistir tão de perto à miséria humana. Assim surpreendeu-me a quantidade de sem-abrigo, as filas intermináveis de pessoal maioritariamente ucraniano junto aos caixotes do lixo dos hiper-mercados ao fim da tarde, a delinquência juvenil, o racismo, o pedantismo existente nas universidades e finalmente fui surpreendido pela quantidade quase absurda de cegos.
Nunca na minha vida vi ou fui abordado tantas vezes por cegos como nestes anos em Lisboa mas a verdade é que também não havia metro em mais lado nenhum. O que nos traz à minha primeira questão: porque é que só existem cegos nos metros? Raramente encontro cegos noutros locais. Sei que eles existem noutros sítios mas a realidade é que é no metro que os encontro em grande quantidade. Será que os cegos se estão a organizar para tomar conta do nosso submundo literalmente falando? Ou será que os cegos sabem da existência de uma ameaça qualquer da qual nós não fazemos ideia e por isso são cada vez mais os que populam o metro de Lisboa? Estarão eles devagarinho a tomar conta das diversas estações de metro com o intuito de um dia poderem tomar de assalto a capital e depois todas as principais cidades que eventualmente terão metro? Será que é o lobby dos invisuais que tanta pressão faz para que haja metro para todo o lado e em todo o lado? E não me venham com histórias porque eu sei por experiência que, de ano para ano, os cegos tomam os lugares dos vulgares doentes de sida, pessoal sem pernas ou vulgares pedintes ranhosos. Cada vez menos sou abordado pelo simpático se bem que irritante senhor doente e sem perna (mas que corre muitissimo bem quando a polícia está à vista) da linha azul ou pela senhora de idade com sérios problemas de higiene na linha verde. Ah mas isso é porque não andas em todas as linhas! Confesso que não costumo parar muito na linha vermelha mas agora digam-me lá o seguinte: se todos os pedintes não-cegos foram excomungados para a linha vermelha porque raios é que isso aconteceu? Será que o pessoal com dinheiro e que mais esmolas dá vive em Chelas? Não me parece! E quem, senão os cegos, os expulsou das outras linhas? Será que os cegos têm acordos especiais com as forças de intevenção e conseguem expulsar do metro quem lhes apetecer? Isso sim é um pensamento verdadeiramente assustador: as nossas forças de segurança são os olhos e os bastões dos cegos! Não tarda os cegos serão imparáveis!
Também me questiono se não serão justamente os cegos a precisar da nossa ajuda pois, caso a minha teoria do complot dos cegos contra a malta com visão esteja errada, surge outra situação bem pior. Será que há cegos a serem criados de propósito para sobreviver no metro a vida toda? Pensem um bocado nessa hipótese: os cegos chegam ao metro às 6 horas da manhã e saem, digamos que à hora de jantar, entre as 19/20 horas. Devem ter montes de dinheiro à hora de saída. Mas vão para onde? Alguma vez os viram a comer? A gastar algum do dinheiro? Que fazem eles então ao dinheiro recolhido? Alguma vez viram um cego do metro noutro sítio que não o metro? Alguma vez o viram no Continente a escolher umas meias? Na Fnac a brincar com um iPod ou simplesmente num café a pôr a conversa em dia? Para onde é que eles vão quando o metro fecha? É que quanto mais penso mais me parece segura a existência de sweatshops de cegos onde eles são armazenados todas as noites e forçados a uma lavagem cerebral através do uso de cassetes-pirata com intruções que, durante a noite, lhes dá a lenga-lenga do "Boa tarde senhoras e senhores. Façam o favor de me auxiliar!" depois em caso de queda de moeda "Plim Plim!" há a resposta tipicamente Pavloviana "Muito obrigado e bem haja!" ou a variante "Obrigado, saúde e sorte!".
Amigos e amigas estes são os nossos cegos e devemos lutar por eles! Ou contra eles se efectivamente os sacaninhas se estão a organizar para dar conta de nós! Malditos sois seus autómatos cegos que nos querem eliminar! Ou então, pobres desgraçados obrigados pela organização terrorista a A.C.A.P.O. (Associação Central para a Paralisação do Ocidente) a percorrer os nossos metros durante toda uma vida, sem o mínimo de condições ou pausas para ir à casa de banho. Devemos unir os nossos esforços e olhar pelos nossos cegos!
CP
P.S. Esta é uma mensagem com um destinatário muito específico. Atenção pois este P.S. faz parte do post e portanto, para os leitores mais sensíveis, recomenda-se vivamente que passem ao post seguinte ou aos outros que estão em baixo e que até têm uns vídeos bem engraçados!
Desde que cheguei a Lisboa há um cego em especial que sempre me chamou a atenção. Ele costumava estar na paragem do Saldanha à saída para a Av.Duque D'Ávila e estou certo que quem vive em Lisboa sabe de que cego estou a falar. É um senhor cego que toca uma pequena gaita/teclado que só funciona (dá som) quando o indivíduo sopra na gaita e carrega numa tecla ao mesmo tempo. Não tenho nada contra a aprendizagem de um instrumento musical mas chiça amigo, em 8 anos, oito anos, como raios é que ainda não consegues tocar a bodega da música toda de uma assentada? Caraças pá! Um gajo gosta de ti e até de dá uns trocos quando tem mas fogo haja limites não é? É que ninguém te pede que te tornes num Miles Davis da gaita de sopro mas pelo menos mostra lá que te esforças um bocadinho por conseguir tocar, nem digo uma música mas pelo menos meia música!
quarta-feira, novembro 15, 2006
Subsídio dependência?
Vimos por este meio expressar a nossa indignação quanto à atribuição de subsídios. Achamos insultuoso que se pense aumentar em 2 cêntimos o subsídio de almoço da função publica e não se tome atenção à necessidade imperativa de um subsídio “de ócio”.
Como pode um país progredir se se descuida aquilo que o constitui ou seja, a bela arte de não fazer nada? Afinal a própria política surge como disciplina filosófica e, como todos sabemos, tal só é possível mediante uma boa dose de ócio. Ou acham que Aristóteles trabalhava 8h por dia e tinha 1h de almoço?
INCS
Como pode um país progredir se se descuida aquilo que o constitui ou seja, a bela arte de não fazer nada? Afinal a própria política surge como disciplina filosófica e, como todos sabemos, tal só é possível mediante uma boa dose de ócio. Ou acham que Aristóteles trabalhava 8h por dia e tinha 1h de almoço?
INCS
segunda-feira, novembro 13, 2006
domingo, novembro 12, 2006
CP, perdoa-me
Eu sei que os meus colegas não vão concordar com isto. Na verdade até consigo antecipar o meu despedimento na sequência deste post maravilha. Mas eu descobri isto no youtube e isto é precioso e os leitores vão recordar com saudade, vão sentir a nostalgia, vão gostar e... desculpa-me CP, eu não volto a fazê-lo!!
ML
ML
sábado, novembro 11, 2006
Piadinha à Levanta-te e Ri (Pt. II)
Serei eu o único a achar algo estranha a frase "Tou farto de estar sentado. Vamos entrando na sala de cinema?"
CP
CP
sexta-feira, novembro 10, 2006
quinta-feira, novembro 09, 2006
quarta-feira, novembro 08, 2006
terça-feira, novembro 07, 2006
Piadinhas à Levanta-te e Ri
1.
É deveras irritante quando encontramos alguém que nos diz "Opá nem te conto nada!" mas que logo a seguir começa a desbobinar a sua vida inteira. De igual modo me irrita quando olham para nós com um ar ameaçador e exclamam "Epá tu nem me digas nada!" e depois ficam indignados quando de facto não dizemos nada. Que aconteceu à coerência?
2.
Não acham estranho que quando alguém vos diz "Não dormi nada", a reposta à pergunta "Mas o que estavas a fazer quando te liguei durante aquela boa meia hora?" seja invariavelmente "Estava a dormir!"?
CP
É deveras irritante quando encontramos alguém que nos diz "Opá nem te conto nada!" mas que logo a seguir começa a desbobinar a sua vida inteira. De igual modo me irrita quando olham para nós com um ar ameaçador e exclamam "Epá tu nem me digas nada!" e depois ficam indignados quando de facto não dizemos nada. Que aconteceu à coerência?
2.
Não acham estranho que quando alguém vos diz "Não dormi nada", a reposta à pergunta "Mas o que estavas a fazer quando te liguei durante aquela boa meia hora?" seja invariavelmente "Estava a dormir!"?
CP
sábado, novembro 04, 2006
Independência ou morte!
"O PS, em todo o momento, foi sempre um travão para a evolução natural das autonomias políticas e um obstáculo para os direitos, liberdades e garantias dos povos (...) [principalmente agora] num momento em que se faz o maior ataque, desde o 25 de Abril, às autonomias políticas que visa atacar populações indefesas e cujo único pecado foi o seu património e a preocupação de se querer desenvolver (...)" - Alberto João Jardim.
E porque estamos com o digníssimo Presidente do PSD-Madeira, está na hora de sairmos todos à rua e lutar pela liberdade uma vez mais! Pelo nosso modo de vida!! Pelos touros de morte! Ribatejo Livre!!!!
E porque estamos com o digníssimo Presidente do PSD-Madeira, está na hora de sairmos todos à rua e lutar pela liberdade uma vez mais! Pelo nosso modo de vida!! Pelos touros de morte! Ribatejo Livre!!!!
ML
sexta-feira, novembro 03, 2006
Cartinha para a Sra. Dona Elsa e amigas
Cara Elsa e "Elsas" deste país,
não irei aqui fazer qualquer comentário quanto ao facto de vossas excelências gostarem de se marcar (como se faz ao gado) em nome do amor (também como é o caso do gado que é marcado por amor ao negócio). Por escolha própria resolvem fazer tatuagens com o nome do vosso, seguramente muy nobre, namorado e isto sem nunca pensar em algumas consequências como por exemplo o possível fim da relação amorosa.
Tendo em conta que aparentemente vocês, as "Elsas", não conseguem entender que é uma má política isso da tatuagem com o nome do vosso "verdadeito amor", venho por este meio dar-vos duas dicas que me parecem, além de apropriadas, úteis não só para o vosso corpo como também para as vossas carteiras.
Se por alguma eventualidade (ou fatalidade) não resistirem à tentação do "verdadeiro amor" façam o seguinte:
Dica nº1 - Utilizem apenas um dos nomes do vosso "verdadeiro amor". Deste modo poupam imenso tempo, trabalho e dinheiro pois, caso o vosso "verdadeiro amor" se tornar apenas em "mais um verdadeiro amor", podem sempre passar para outro indivíduo com o mesmo nome. Esta dica não funciona muito bem se não se conseguirem abster de nomes menos ortodoxos.
Assim sendo: "Mário", "Manuel", "José", "Zé", "Kitó", "Diogo", "Gonçalo", "Carlos", "Miguel", "Hugo", "António" entre outros são nomes recomendados enquanto que, a título de exemplo, "Yuri", "Baran Von Schneider", "Yordgold", "Zoltar" e tudo o que tiver nome de cereais, brinquedos para crianças ou nomes que se pareçam com "nicknames" utilizados na internet são a evitar.
Dica nº2 - Utilizem daquelas tatuagens que saem com a água. Desta maneira, se tiverem muita muita muita sorte ou se simplesmente não tomarem banho, pode ser que o namoro dure mais que a tatuagem.
Atenciosamente
CP
não irei aqui fazer qualquer comentário quanto ao facto de vossas excelências gostarem de se marcar (como se faz ao gado) em nome do amor (também como é o caso do gado que é marcado por amor ao negócio). Por escolha própria resolvem fazer tatuagens com o nome do vosso, seguramente muy nobre, namorado e isto sem nunca pensar em algumas consequências como por exemplo o possível fim da relação amorosa.
Tendo em conta que aparentemente vocês, as "Elsas", não conseguem entender que é uma má política isso da tatuagem com o nome do vosso "verdadeito amor", venho por este meio dar-vos duas dicas que me parecem, além de apropriadas, úteis não só para o vosso corpo como também para as vossas carteiras.
Se por alguma eventualidade (ou fatalidade) não resistirem à tentação do "verdadeiro amor" façam o seguinte:
Dica nº1 - Utilizem apenas um dos nomes do vosso "verdadeiro amor". Deste modo poupam imenso tempo, trabalho e dinheiro pois, caso o vosso "verdadeiro amor" se tornar apenas em "mais um verdadeiro amor", podem sempre passar para outro indivíduo com o mesmo nome. Esta dica não funciona muito bem se não se conseguirem abster de nomes menos ortodoxos.
Assim sendo: "Mário", "Manuel", "José", "Zé", "Kitó", "Diogo", "Gonçalo", "Carlos", "Miguel", "Hugo", "António" entre outros são nomes recomendados enquanto que, a título de exemplo, "Yuri", "Baran Von Schneider", "Yordgold", "Zoltar" e tudo o que tiver nome de cereais, brinquedos para crianças ou nomes que se pareçam com "nicknames" utilizados na internet são a evitar.
Dica nº2 - Utilizem daquelas tatuagens que saem com a água. Desta maneira, se tiverem muita muita muita sorte ou se simplesmente não tomarem banho, pode ser que o namoro dure mais que a tatuagem.
Atenciosamente
CP
quinta-feira, novembro 02, 2006
Dúvidas (Im)Pertinentes
"O Mundo é das mulheres."
"As mulheres é que mandam."
Pergunto-me então, "quando é que me pagam o ordenado?"
INCS
"As mulheres é que mandam."
Pergunto-me então, "quando é que me pagam o ordenado?"
INCS
quarta-feira, novembro 01, 2006
Um bem haja aos corajosos
É para não enojar as pessoas. Nos anúncios de pensos higiénicos e fraldas o produto em questão é sempre testado com um líquido azul. Mas há alguém que verta líquidos azuis? Nos anúncios a laxantes ou antidiarreicos referem-se sempre ao problema como "dificuldade", "mal-estar", "irregularidade", e outros eufemismos do género.
Venho aqui ao blog dar os meus parabéns aos publicitários de dois em anúncios em particular (um dos quais infelizmente não me lembro do nome). Um deles é o Bisolvon, um xarope para fluidificar a expectoração, em que no anúncio representam a dita através da sua cor natural, aquele amarelo esverdeado, ou verde amarelado. Enfim, a sua cor naturalmente repugnante. O outro, cujo nome me escapa, é um antidiarreico, e venho felicitar os publicitários pelo slogan escolhido, dizendo a verdade na cara das pessoas:
"Pare a diarreia antes que a diarreia o pare a si"
Um grande bem haja a estes senhores!
HS
Venho aqui ao blog dar os meus parabéns aos publicitários de dois em anúncios em particular (um dos quais infelizmente não me lembro do nome). Um deles é o Bisolvon, um xarope para fluidificar a expectoração, em que no anúncio representam a dita através da sua cor natural, aquele amarelo esverdeado, ou verde amarelado. Enfim, a sua cor naturalmente repugnante. O outro, cujo nome me escapa, é um antidiarreico, e venho felicitar os publicitários pelo slogan escolhido, dizendo a verdade na cara das pessoas:
"Pare a diarreia antes que a diarreia o pare a si"
Um grande bem haja a estes senhores!
HS
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