Foi num momento de constatação de vacuidade criativa que me decidi a escrever este post. Quer dizer, este post está no ficheirozinho txt há praí seis meses e o facto de me decidir a postá-lo agora mostra muito do meu estado criativo. Porque, enfim, haveria certamente uma (ou mais) razões para ele não ter visto a luz do dia. Uma delas pode ser o facto de não interessar para nada. Porque eu um dia estava a almoçar com a INCS no Atrium do Saldanha e chegámos à conclusão que seria giro fazer um post sobre Os Cinco Momentos Mais Comoventes da Animação, opinião não partilhada por mais nenhum dos nossos colegas aqui do blog. MAS, como afinal de contas ninguém tem muito para escrever e temos uma legião de groupies para alimentar, cá vai disto:
5.º Depois de passar uma série inteira à procura do seu pai, a jovem inca, Zia, chega a uma aldeia maia apenas para o encontrar ferido de morte na sequência de uma batalha contra os Olmeques e num estádio primário de criação de odores e atracção de moscas. Papacamayo, o pai, morre pouco depois de revelar a Zia e aos seus amigos aventureiros a localização das Cidades de Ouro;
4.º Derrotada, encurralada, capturada, Milady vê-se confiada a Dartanhã para que este execute a sentença de morte proferida contra si pelo assassinato do Duque de Buckingham. Conduzida até um ponto distante do rio para morrer longe de olhares alheios, Milady relata a Dartanhã a história da sua vida, de como foi acusada de bruxaria e marcada pelo ferro, provocando a partir daí a repulsa de qualquer homem que se interessasse por ela e visse a marca. É uma história triste, não tanto pela ignorância popular e justificação do mal na personagem, mas por ficarmos a saber que, basicamente, Milady permaneceu virgem até à madura idade dos seus prováveis 40 anos;
3.º O Marco encontra a mãe. Ou a Heidei encontra... alguém. Para ser franco, eu não me lembro dos episódios, mas toda a gente parece lembrar-se. Eu aqui teria preferido o regresso do Sebastião à sua casa nos Pirinéus franceses, encontrando e salvando a mãe de uma tempestade de neve, mas se este post já é parvo, fazer referências a um desenho animado que mais ninguém se lembra, como o Bel e Sebastião... isso ainda faria menos sentido;
2.º Nunca se viu claramente o que se passou. O plano (ou o desenho) é visto de longe. Só se vê o Matias, o pai adoptivo da Ana dos Cabelos Ruivos, a agarrar o coração e cair sobre a terr
a. Numa série onde toda a gente queria ver a Marília a ser atropelada por uma carruagem, a morte do Matias surgiu como uma grave injustiça;
1.º David, o Gnomo, e esposa, cujo nome me escapa totalmente (convencionemos, portanto, que é «a Gnoma»), traçando, deste modo, as fronteiras da minha condição geek, convertem-se em árvores. Morreram. Foi triste. Não, a sério, foi mesmo triste. Sem brincadeiras.. não, não chorei.
Mas sei, dentro da minha heterossexualidade, reconhecer um momento comovente.
É uma pena ter de restringir a cinco os momentos comoventes na animação, pois já não se fazem muitos desenhos animados com esta preocupação de sensibilizar a criança. Falta, por esse motivo, momentos de cortar um coração ao meio, como o Misaki a bater com a fronte no poste da baliza para evitar que o Nankatsu sofresse o golo do empate na final do campeonato de juvenis, em «Capitão Tsubasa»; a morte do Chaoz, Ten-Shin-Han, Yamcha, Krilin, Gokuh, Vegeta, enfim, todo o planeta Terra, no «Dragon Ball»... etc, etc.
ML & INCS