«Sapateira viva a 4,98 €. Só no... Pingo Doce».
Eu cá não sei... tão quietinhas umas em cima das outras... ou são muita bem ensinadas ou não nos morderem quando as agarramos quer dizer alguma coisa...
ML
domingo, dezembro 30, 2007
sexta-feira, dezembro 28, 2007
Futurologia
Algumas pessoas estão vários anos, quiçá décadas, à frente do seu tempo e, por isso, conseguem prever, com um razoável grau de exactidão, o que nos espera, seja a nível político, social, científico. Eu sou uma dessas pessoas. Por exemplo, eu consigo prever que dentro de uns cinco anos, os distribuidores dos jornais diários grátis que trabalham na mesma zona entrarão em rixas sangrentas uns com os outros pela definição dos seus espaços próprios. Entrecampos tornar-se-á uma zona de guerra e os automóveis recearão aceitar jornais de cada um dos lados, com medo de represálias. Os distribuidores de jornais diários grátis passarão a dominar uma alargada clientela e crescerão em poder e não me espantaria que o honesto proprietário de um veículo residente no Algueirão acordasse um dia com os tomates dentro de um copo com água por ter aceite o jornal errado num semáforo da Avenida dos EUA.
É preciso acabar com a imprensa grátis antes que os distribuidores de jornais diários grátis passem a controlar o nosso bairro!! Cidadãos, uni-vos! Dêem-lhes uma sova!
É preciso acabar com a imprensa grátis antes que os distribuidores de jornais diários grátis passem a controlar o nosso bairro!! Cidadãos, uni-vos! Dêem-lhes uma sova!
ML
Eu gostava tanto de ter os recursos para fazer este post em vídeo... Contribuições, anyone?
segunda-feira, dezembro 24, 2007
Mensagens
Caro 96******* (Omite número para proteger identidade do visado),
Gostaria de aproveitar esta ocasião para te agradecer o facto de, apesar de eu não fazer a mais leve ideia acerca da tua identidade, teres sentido em mim uma pessoa suficientemente especial para me enviares uma mensagem com «Desejos de um feliz e santo natal», ponto final. Oh, não te iludas. Eu sei que é uma mensagem genérica, desprovida de personalidade e válida para qualquer pessoa de Vila Nova da Cerveira a Viqueque (é em Timor, inculto!). Mas eu penso nas coisas desta maneira: considerando que deve andar já pelos nove meses aquele fatídico episódio de bicicleta que me fez perder o meu antigo telemóvel (e a maioria dos meus números com ele), o facto de não nos falarmos durante o tempo que se demora a parir uma criança e ainda assim ser merecedor de uma mensagem tua é, para mim, uma honra. Mesmo que seja, pronto, no escalão mais baixo das mensagens.
Ou seja, temos as personalizadas; as mensagens feitas que, num acesso temporário de mau gosto, ainda se vão mandando a quem se gosta; e depois temos a mensagem estrutural, desprovida de outros elementos que os fundamentais dedicados às festividades e que se envia, enfim, ao gado. Mas mesmo o gado povino [não foi inteligente? Vem de povo --> povino, fui eu que inventei =)] contém em si um certo sentimento de simpatia ou afabilidade como para justificar o envio da mensagem. E isso é bonito porque, apesar de, claramente, eu ser uma pessoa totalmente supérflua na tua vida e tu na minha, entendeste por bem gastar dinheiro com uma mensagem inútil, que suscita 0 (zero) sentimentos de estima. E, portanto, amigo/a: por mera curiosidade académica no domínio dos fenómenos psicossociais... porquê?
ML
Gostaria de aproveitar esta ocasião para te agradecer o facto de, apesar de eu não fazer a mais leve ideia acerca da tua identidade, teres sentido em mim uma pessoa suficientemente especial para me enviares uma mensagem com «Desejos de um feliz e santo natal», ponto final. Oh, não te iludas. Eu sei que é uma mensagem genérica, desprovida de personalidade e válida para qualquer pessoa de Vila Nova da Cerveira a Viqueque (é em Timor, inculto!). Mas eu penso nas coisas desta maneira: considerando que deve andar já pelos nove meses aquele fatídico episódio de bicicleta que me fez perder o meu antigo telemóvel (e a maioria dos meus números com ele), o facto de não nos falarmos durante o tempo que se demora a parir uma criança e ainda assim ser merecedor de uma mensagem tua é, para mim, uma honra. Mesmo que seja, pronto, no escalão mais baixo das mensagens.
Ou seja, temos as personalizadas; as mensagens feitas que, num acesso temporário de mau gosto, ainda se vão mandando a quem se gosta; e depois temos a mensagem estrutural, desprovida de outros elementos que os fundamentais dedicados às festividades e que se envia, enfim, ao gado. Mas mesmo o gado povino [não foi inteligente? Vem de povo --> povino, fui eu que inventei =)] contém em si um certo sentimento de simpatia ou afabilidade como para justificar o envio da mensagem. E isso é bonito porque, apesar de, claramente, eu ser uma pessoa totalmente supérflua na tua vida e tu na minha, entendeste por bem gastar dinheiro com uma mensagem inútil, que suscita 0 (zero) sentimentos de estima. E, portanto, amigo/a: por mera curiosidade académica no domínio dos fenómenos psicossociais... porquê?
ML
segunda-feira, dezembro 17, 2007
Mensagem
Como já devem ter reparado isto (o blog) tem andado um bocado parado apesar do esforço hercúleo de ML.
Assim sendo a partir de hoje este blog irá sofrer uma (mais uma) remodelação com o intuito de facilitar a vida aos que ainda por cá fazem questão de parar nem que seja para reler os mais de 700 posts que cobrem as paredes.
Assim sendo não se admirem se a estética aqui da casa mudar um bocado.
Entretanto além de continaurem a passar aqui pelo estaminé, recomendo que visitem um outro blog que ao fim de um ano de pausa reabriu: Peter of Pan
Vale a pena e é soberbamente escrito pelo Eterno Entorno.
Até breve
PS: Também nos podem encontrar no programa Posta@Posta da Jornalismo Porto Rádio.
Quem ainda não conhece vale a pena seguir este link: Posta@Posta
Assim sendo a partir de hoje este blog irá sofrer uma (mais uma) remodelação com o intuito de facilitar a vida aos que ainda por cá fazem questão de parar nem que seja para reler os mais de 700 posts que cobrem as paredes.
Assim sendo não se admirem se a estética aqui da casa mudar um bocado.
Entretanto além de continaurem a passar aqui pelo estaminé, recomendo que visitem um outro blog que ao fim de um ano de pausa reabriu: Peter of Pan
Vale a pena e é soberbamente escrito pelo Eterno Entorno.
Até breve
PS: Também nos podem encontrar no programa Posta@Posta da Jornalismo Porto Rádio.
Quem ainda não conhece vale a pena seguir este link: Posta@Posta
terça-feira, dezembro 11, 2007
segunda-feira, dezembro 03, 2007
O apóstrofo e o apóstolo e um tiro na cabeça
Bom, vamos lá ver uma coisa. Eu não condeno as pessoas por fazerem FW's. Como jovem bem endoutrinado na cultura católica da culpa, eu próprio padeço dessa inabalável convicção que, se não enviar um FW que ache legitimamente engraçado para encher de cor os dias cinzentos dos meus amigos, estarei a contribuir para desagregar uma comunidade de amizade construída ao longo de vários anos (reparem como em quatro ou cinco linhas de texto se consegue dizer praticamente nada). Mas isto tudo para dizer que não condeno os FW's e que estes desempenham uma função social importante. Dito isto, porque o último grito dos FW's parece ser o que corre nas minhas sinapses como «a piada do apóstrofo», e porque há claramente demasiadas pessoas com sentimentos de culpa... por favor... PAREM de me enviar a «piada do apóstrofo»... Já é a quinta vez que recebo isso...
ML
Ao publicar a piada neste blog faço, inegavelmente, um serviço social, porque ao vê-la aqui, deixarão as pessoas de fazer FW's disto. Porque o nosso blog é bwé visitado. Ou bué. Não sou linguista.
quinta-feira, novembro 29, 2007
quinta-feira, novembro 22, 2007
Escolhas difíceis
Ao deparar-me com esta preciosidade, o que ainda há em mim de adolescente quis carregar no pedal e entrar pela porta da casa adentro a 70 km/h. O que, lamentavelmente, há em mim de adulto reconheceu que não haveria seguro em lado nenhum que apoiasse a minha decisão de culpar a Câmara Municipal de Lisboa e de pagar os danos do meu carro. E do prédio. :(
ML
segunda-feira, novembro 19, 2007
Lei fundamental do condomínio
"Tudo o que disseres poderá e será utilizado contra ti em Assembleia Geral de Condóminos"
ML
ML
quarta-feira, novembro 07, 2007
Dirty Little Posts (II)
Não gosto quando dizem que tenho um Humor Negro. Para já, eu não sou racista! E o meu humor é insultuoso e execrável independentemente da cor dos visados.
Cara de Pau
Cara de Pau
terça-feira, novembro 06, 2007
quinta-feira, novembro 01, 2007
Problemas técnicos
Não consigo deixar de pensar na facilidade com que é possível a alguém enjeitar todo o tipo de responsabilidades na prestação de serviços. «Pedimos desculpa pelo incómodo, mas por dificuldades técnicas alheias ao Metropolitano, a circulação na linha amarela encontra-se interrompida». E as pessoas reclamam, mas aceitam. Pobrezinho do Metro, quem lá trabalha não tem culpa se o sistema atrofiou... ou não fosse o Metro uma enorme estrutura técnica, por isso, exceptuando casos de gente cujo maior sonho é ser um porco no churrasco cortado às postas, que outro tipo de dificuldades poderiam existir alheias ao Metropolitano?! O mesmo são certos sites. «We're sorry, due to technical problems...etc». É um problema de sistema, por isso passa.
Acho que vou começar a alegar o mesmo tipo de problemas junto dos meus superiores. «Peço imensa desculpa, mas devido a dificuldades técnicas no processamento do sistema neurológico, foi-me absolutamente impossível terminar a tarefa a tempo»; ou «lamento informar que, por problemas alheios à vontade e ao querer do executor, derivados de um sobreaquecimento do sistema cognitivo induzido pela ingestão massiva de substâncias psicotrópicas e outras retardadoras da capacidade de resposta do Sistema Nervoso Central, bem como por um atraso imprevisto na terminação das actividades motoras após ter chegado a casa, o relatório não pôde ser concluído. Mais, informo que dificuldades de contacto decorrentes desse sobreaquecimento irão dificultar o processamento de dados durante o dia de hoje. Mas amanhã, certamente, terei tudo pronto, chefe!»
Acho que vou começar a alegar o mesmo tipo de problemas junto dos meus superiores. «Peço imensa desculpa, mas devido a dificuldades técnicas no processamento do sistema neurológico, foi-me absolutamente impossível terminar a tarefa a tempo»; ou «lamento informar que, por problemas alheios à vontade e ao querer do executor, derivados de um sobreaquecimento do sistema cognitivo induzido pela ingestão massiva de substâncias psicotrópicas e outras retardadoras da capacidade de resposta do Sistema Nervoso Central, bem como por um atraso imprevisto na terminação das actividades motoras após ter chegado a casa, o relatório não pôde ser concluído. Mais, informo que dificuldades de contacto decorrentes desse sobreaquecimento irão dificultar o processamento de dados durante o dia de hoje. Mas amanhã, certamente, terei tudo pronto, chefe!»
ML
sábado, outubro 27, 2007
Empregos e trabalhos II
- Estou tão farta de aturar gente doente! É só gente doente à minha volta.
- Talvez tenha sido uma má ideia teres tirado enfermagem então.
CP
- Talvez tenha sido uma má ideia teres tirado enfermagem então.
CP
quarta-feira, outubro 24, 2007
Empregos e trabalhos
- Farto-me de trabalhar e ganho menos do que uma empregada doméstica!
- Despede-te e vai ser empregada doméstica.
CP
- Despede-te e vai ser empregada doméstica.
CP
sábado, outubro 13, 2007
Auto-esclarecimento
Acho que não há muita coisa mais pessoal que uma viagem sozinho pela estrada fora. Só nós, o carro e a estrada. É íntimo. Apela à reflexão. Foi no decurso de uma tal experiência mística que atingi o conhecimento de quão ténue é a linha entre uma ultrapassagem e a circulação em contra-mão.
ML
ML
segunda-feira, outubro 08, 2007
Eu quero, eu quero um elmo da salvação!!!
Deixem-me que vos diga: esta não é a primeira versão deste post. Inicialmente, a ideia era gozar com um jogo de vídeo para PC, para que me chamou a atenção o cafigon. Vou deixar o link para regozijo dos leitores.
ML
Eu já achava incrível que o conceito de um super-herói chamado Bibleman -- 'pera, vamos falar como deve ser -- eu já achava incrível que o conceito de um super-herói chamado Homem-Bíblia, com a sua parceira, a Rapariga-Bíblia (Biblegirl), contra o Protestador Louco (Whacky Protester) pudesse vender. Isto é tão atrozmente conservador que, parafraseando o meu amigo cafigon «não sei bem o que sinto, se estou incomodado ou se me apetece morrer a rir». Mas isso foi antes de saber que o tema incluía livros e não um, mas dois espectáculos televisivos (é verdade, houve um spin-off). É claro que tive de ver o trailer da série. E realmente, ainda bem que pude ser agraciado com tal demonstração de heroísmo evangélico, porque pude compreender a amplitude do meu engano e que não é um programa conservador. É simplesmente mau...
ML
quarta-feira, outubro 03, 2007
quinta-feira, setembro 27, 2007
Apocalipse - Genesis
"Pedro Santana Lopes revela-se como criatura inteligente e assume uma atitude que merece aplausos."
In Politikon Apocaliptus Mundis Livro I
In Politikon Apocaliptus Mundis Livro I
segunda-feira, setembro 24, 2007
Tic... tac...
Primeiro, paramos. Ainda olhamos, com reduzida atenção e manifesto desinteresse. Mas em breve estamos longe. Voltamos àquela situação, ou à outra e mesmo à outra. Até nos rimos para nós, como se num momento bem passado. Mas, quando damos por nós, continuamos parados e em pé. No mesmo sítio.
-Então mas esta mulher vai ficar o dia todo no multibanco?!
ML
sábado, setembro 22, 2007
McCann - A sombra de um rapto
Segundo as últimas notícias Gerry McCann afirma que quando entrou no quarto da pequena Maddie, para ver se estava tudo bem, pode ter estado a escassos metros do raptor.
Na minha opinião Gerry fala a verdade e penso ser fácil imaginar onde ele julga que se escondia o raptor.
Na minha opinião Gerry fala a verdade e penso ser fácil imaginar onde ele julga que se escondia o raptor.
CP
PS:"Bring the hate people"
sexta-feira, setembro 21, 2007
Realidade
Se Berkley estiver correcto e não houver objectos dos sentidos fora da mente, pagar um euro por um café é realmente um roubo do caraças.
CP
PS (das 15:00h): E se "as coisas corpóres são meras ideias e a crença na substância material implica a negação da realidade das coisas sensíveis", então porque é que continuo a sentir as calças apertadas mesmo depois de me convencer durante 3 horas que, na realidade, não há diferença entre umas calças 42 e umas calças 40? E já agora, porque é que por mais que tente, o meu saldo insiste em manifestar uma consistência numérica bem inferior à que eu idealizo constantemente?
(Update 22/09/07):E porque é que continua a ser tão difícil encontrar um lugar para estacionar?
CP
PS (das 15:00h): E se "as coisas corpóres são meras ideias e a crença na substância material implica a negação da realidade das coisas sensíveis", então porque é que continuo a sentir as calças apertadas mesmo depois de me convencer durante 3 horas que, na realidade, não há diferença entre umas calças 42 e umas calças 40? E já agora, porque é que por mais que tente, o meu saldo insiste em manifestar uma consistência numérica bem inferior à que eu idealizo constantemente?
(Update 22/09/07):E porque é que continua a ser tão difícil encontrar um lugar para estacionar?
quarta-feira, setembro 19, 2007
Metalinguagem (II)
Comentários de Rui Costa, jogador do Benfica, após a derrota com o AC Milan, ontem:
«Entrámos com um exagerado respeito pelo AC Milan e eles acabaram por tomar conta rapidamente do jogo»
Entrámos em campo com uma medufa do Milan que até fazia impressão. E depois, claro, andámos atrás da bola.
«Passou a ser mais difícil para nós quando sofremos o primeiro golo de livre, mas ainda tivemos oportunidades para empatar».
Pah, os gajos marcaram de livre!!! Quer dizer, se não fosse de bola parada nem sequer conseguiam marcar! Até 'távamos a aguentar fixe o empate! E mesmo assim 'tivemos quase a fazer o que eles só conseguiram fazer com duas equipas paradas no meio do campo!
«No entanto, viríamos a sofrer o segundo numa jogada de contra-ataque, algo que sabíamos que não podia acontecer»
E quando os gajos 'tavam a ser completamente dominados, o Milan consegue sair em contra-ataque e marca golo! Fonix! Injustiça brutal! Mijados do caraças!
«Entrámos com um exagerado respeito pelo AC Milan e eles acabaram por tomar conta rapidamente do jogo»
Entrámos em campo com uma medufa do Milan que até fazia impressão. E depois, claro, andámos atrás da bola.
«Passou a ser mais difícil para nós quando sofremos o primeiro golo de livre, mas ainda tivemos oportunidades para empatar».
Pah, os gajos marcaram de livre!!! Quer dizer, se não fosse de bola parada nem sequer conseguiam marcar! Até 'távamos a aguentar fixe o empate! E mesmo assim 'tivemos quase a fazer o que eles só conseguiram fazer com duas equipas paradas no meio do campo!
«No entanto, viríamos a sofrer o segundo numa jogada de contra-ataque, algo que sabíamos que não podia acontecer»
E quando os gajos 'tavam a ser completamente dominados, o Milan consegue sair em contra-ataque e marca golo! Fonix! Injustiça brutal! Mijados do caraças!
ML
Fonte: A Bola online.
sábado, setembro 15, 2007
Ensaio
O orvalho descia sobre a terra. Amamentando.
Nos teus olhos a doce esperança de um amanhã sorridente :), com nuvens. Ai.
A nossa história é um mausoléu de esperanças vazias em conteúdo. Mas não em substância. Tudo o que tinhas dito antes reverbera no meu sEr. A força deste silêncio bruTo é suficiente para mover os teus cabelos. Saudades do aveludado paladar com que me deixaste. só :(
tudo. nada. vazio. solidão. Portugal e o Japão.
Cortinas de luz transparente. Teu corpo nu. Prado sem fim.
Deste cenário de abrasadores contornos chegámos a um vão de fresca frescura. A metálica musicalidade da chave na porta, melancólicas recordações de um reco-reco inspiraram estas palavras. Inesperada musa. Adentrámos esta casa de ruínas dele, caos semântico e de efeito cáustico na percepção do olhar redutor sartreriano. A quebra empática de Herodes, triste indiferença ao apelo crucitante do rei e o do peão, infrangível postura a do Senhor, ingre à união ilegível.
Foram buscar água à torneira. Regressaram à sala com os copos azuis na mão. Não eram bem azuis, mas safira. Como seria bom que cá estivesses. Meu amor. Aturar os comentários sobre a sujidade. Não a tua, a minha.
Fragmentos
lábios gretados de um rei redentor esvaído na tragédia
da divisão ôntica
nossas, desses recantos de memórias sentidas, os teus lábios proféticos. A prenunciar a doença. Cólicas induzidas pela minha incontinente semântica. Anais da nossa história insuficientes são para o registo deste nosso bélico encontro. Quero acostar-me junto a ti. A gôndola no cais ser teu porto seguro.
Isto é tão literário. Mas eu gosto.
leves doces nobres entremitentes entumecidas encaminhadoras interferentes circundantes alongadas
centro nevrálgico do teu amor.
Manancial de odores que se misturavam na cama fria. De lembranças de um futuro sem passado.puta.
NÒS
Nos teus olhos a doce esperança de um amanhã sorridente :), com nuvens. Ai.
A nossa história é um mausoléu de esperanças vazias em conteúdo. Mas não em substância. Tudo o que tinhas dito antes reverbera no meu sEr. A força deste silêncio bruTo é suficiente para mover os teus cabelos. Saudades do aveludado paladar com que me deixaste. só :(
tudo. nada. vazio. solidão. Portugal e o Japão.
Cortinas de luz transparente. Teu corpo nu. Prado sem fim.
Deste cenário de abrasadores contornos chegámos a um vão de fresca frescura. A metálica musicalidade da chave na porta, melancólicas recordações de um reco-reco inspiraram estas palavras. Inesperada musa. Adentrámos esta casa de ruínas dele, caos semântico e de efeito cáustico na percepção do olhar redutor sartreriano. A quebra empática de Herodes, triste indiferença ao apelo crucitante do rei e o do peão, infrangível postura a do Senhor, ingre à união ilegível.
Foram buscar água à torneira. Regressaram à sala com os copos azuis na mão. Não eram bem azuis, mas safira. Como seria bom que cá estivesses. Meu amor. Aturar os comentários sobre a sujidade. Não a tua, a minha.
Fragmentos
lábios gretados de um rei redentor esvaído na tragédia
da divisão ôntica
nossas, desses recantos de memórias sentidas, os teus lábios proféticos. A prenunciar a doença. Cólicas induzidas pela minha incontinente semântica. Anais da nossa história insuficientes são para o registo deste nosso bélico encontro. Quero acostar-me junto a ti. A gôndola no cais ser teu porto seguro.
Isto é tão literário. Mas eu gosto.
leves doces nobres entremitentes entumecidas encaminhadoras interferentes circundantes alongadas
centro nevrálgico do teu amor.
Manancial de odores que se misturavam na cama fria. De lembranças de um futuro sem passado.puta.
NÒS
quinta-feira, setembro 13, 2007
terça-feira, setembro 11, 2007
Desafios Blá Blá
A amiga LÁPIS-DE-COR lançou o seguinte desafio:
Abrir um livro que se tenha "à mão" na página 161 e transcrever a 5ªfrase completa.
Ao percorrer a lista de livros existentes pelo estaminé reparei que a maioria são livros que só fazem mal à cabeça e que por esse motivo seria indecente transcrever fosse que parte fosse. Assim resolvi resgatar uma pérola só para este desafio.
Livro: The Gun Seller
Autor: Hugh Laurie (sim o Dr.House)
Pág.161
5ªlinha
"And another half-million people will sell them the Nissan Micras, and wash the windshields, and check the tyres."
Deixo o desafio a quem o quiser apanhar. Depois contem como foi.
CP
Abrir um livro que se tenha "à mão" na página 161 e transcrever a 5ªfrase completa.
Ao percorrer a lista de livros existentes pelo estaminé reparei que a maioria são livros que só fazem mal à cabeça e que por esse motivo seria indecente transcrever fosse que parte fosse. Assim resolvi resgatar uma pérola só para este desafio.
Livro: The Gun Seller
Autor: Hugh Laurie (sim o Dr.House)
Pág.161
5ªlinha
"And another half-million people will sell them the Nissan Micras, and wash the windshields, and check the tyres."
Deixo o desafio a quem o quiser apanhar. Depois contem como foi.
CP
domingo, setembro 09, 2007
(I)Mundices
Para mim ver George W. Bush a apelar à democracia nos país Asiáticos é algo como ter tido Hitler a negociar um tratado de paz entre Israel e a Palestina.
CP
CP
Os novos tempos
Rejeito todas as insinuações de quem alguma vez acusou o Partido Comunista de ter parado no tempo. Como pode isso ser se ainda ontem na festa do Avante estavam barracões do KFC e da Pizza Hut?
ML
ML
quarta-feira, setembro 05, 2007
Criatividade ou falta dela
Cada dia me convenço mais de que a criatividade é como a tripa ou seja, não deve ser forçada.
Mas isso sou eu que só tenho ideias de merda.
CP
PS:Será que em caso de forcing criativo haverá perigo de aparecimento de hemorróidas criativas?
Mas isso sou eu que só tenho ideias de merda.
CP
PS:Será que em caso de forcing criativo haverá perigo de aparecimento de hemorróidas criativas?
terça-feira, setembro 04, 2007
Regras na estrada
Poderá ser ingenuidade minha mas só hoje me dei conta de uma regra básica de condução nas estradas Portuguesas. Descobri então que a faixa da direita é destinada a quem:
1) tenta cumprir os limites de velocidade,
2) tenta, sem sucesso, cumprir os limites,
3) possui veículos motorizados cuja nomenclatura comum será "carro" apenas e só porque possuem 4 rodas, um volante e se assemelham a uma caixa quadrada ou rectângular de metal e ferrinhos.
A faixa da esquerda é para quem se está simplesmente nas tintas. E são muitos!
CP
1) tenta cumprir os limites de velocidade,
2) tenta, sem sucesso, cumprir os limites,
3) possui veículos motorizados cuja nomenclatura comum será "carro" apenas e só porque possuem 4 rodas, um volante e se assemelham a uma caixa quadrada ou rectângular de metal e ferrinhos.
A faixa da esquerda é para quem se está simplesmente nas tintas. E são muitos!
CP
domingo, setembro 02, 2007
Culpa
Se eu eliminar alguém do MSN, será que essa pessoa morre? E serei eu judicialmente imputável por isso?
ML
ML
quarta-feira, agosto 29, 2007
Sofrimento
Todos os dias passo por uma daquelas igrejas cuja principal função é extorquir o chamado "dizimo", geralmente a pessoas que mal têm dinheiro para sobreviver mas enfim, suponho que "o senhor" (habitualmente "o senhor" possui um nome brasileiro e diz-se "pastor") também precise de comer e alimentar o seu veículo topo de gama não é? O interessante é que esta igreja não utiliza esse nome mas sim o de "Centro de ajuda espiritual". No mesmo placard onde está escrito "Centro de ajuda espiritual", encontra-se explicado o objectivo do centro numa única linha: "Pare de sofrer".
Se o objectivo é parar de sofrer e tendo em conta o que acontece sempre que há eventos desta espécie não seria mais prático e económico deixar simplesmente de ver os jogos do Benfica?
CP
PS:A pedido de muitas famílias este post é agora reposto com a sua data original.
Se o objectivo é parar de sofrer e tendo em conta o que acontece sempre que há eventos desta espécie não seria mais prático e económico deixar simplesmente de ver os jogos do Benfica?
CP
PS:A pedido de muitas famílias este post é agora reposto com a sua data original.
terça-feira, agosto 28, 2007
Sondagem
Amigos bloguistas. Apresento-me perante vós com manifesto pesar. O assunto que vos trago à consideração é da mais altíssima gravidade, pois criou inclusivamente um cisma numa comunidade pautada pela mais pura e fraternal amizade. Amigos que antes se diziam daqui (bate no coração) viraram costas, enquanto outros permaneceram em altruísta camaradagem. Portanto, a questão é a seguinte... o corte de barba do ML fica-lhe bem ou não? Nesta guerra civil que tem os carapaus divididos... de que lado estão vocês?
segunda-feira, agosto 27, 2007
Gonna fly now
Não consigo deixar de pensar que estou a dar cabo da minha saúde de cada vez que vou correr para o Estádio Universitário e subo o trilho que faz fronteira com a Segunda Circular.
ML
sexta-feira, agosto 24, 2007
Os Encobertos
Sou normalmente acusado de fazer introduções muito longas aos posts. Por isso, hoje vou directamente ao assunto. Este post é basicamente um ensaio de mitologia portuguesa e procura compreender as crenças dos nossos compatriotas num conjunto de figuras que nunca ninguém viu, mas em quem tanta gente acredita.
5 - O Messias.
Está prometida a Sua vinda uma segunda vez. É claro, essa ocasião trará consigo o fim do mundo e o Julgamento Final. Na sociedade portuguesa, os mais fervorosos cristãos, com maior consciência do fim dos tempos e por isso verdadeiros cavaleiros do Apocalipse são os taxistas, em cujos veículos não faltam os crucifixos e as Nossas Senhoras a balouçar ao sabor da sua imaculada condução.
4 - O João Pestana.
O motivo pelo qual um casal de adultos deixa um homem feito sozinho no quarto com uma criança para a "aconchegar" na caminha a pretexto de a pôr a dormir ultrapassa-me por completo. A relação dos pais com o João Pestana é a coisa mais irresponsável da sociedade portuguesa.
3 -Os monárquicos.
Ok, realmente estes existem. Vêm de Bragança e são cinco.
2 - O Sistema.
Não se sabe ao certo quem é o Sistema, nem de onde vem. Há quem o compare ao fenómeno Floribela, não conseguindo decidir se é o produto de uma imaginação retorcida ou uma trágica realidade. Muitos há que nem acreditam nele, principalmente no Norte do país. O Sistema esteve muito na berra nos anos 90 e a televisão dedicou-lhe até um programa exclusivo, com pessoas que inclusivamente tiveram o privilégio de conhecer o Sistema, como o Pedro Santana Lopes e o Fernando Seara. Sem se saber muito bem quem foi, o Sistema animou muita gente, dos jovens aos graúdos, mas desde que o Sporting ganhou uns campeonatos que o Sistema deixou de ter o peso que tinha na sociedade portuguesa.
1 - O Gregório.
Nunca ninguém o viu. Mas que ele anda aí, anda. Actualmente, ascende aos milhões o número de pessoas, particularmente entre os mais novos, que dizem ter sido visitados pelo Gregório durante uma noite bem convivida. Segundo os relatos apurados, as experiências com o Gregório envolvem náuseas, um sabor azedo da boca ao fundo da garganta, mau cheiro e um compósito estomacal que, variando de caso para caso, surge no chão aos pés da pessoa ou espalhado pela sua roupa.
ML
5 - O Messias.
Está prometida a Sua vinda uma segunda vez. É claro, essa ocasião trará consigo o fim do mundo e o Julgamento Final. Na sociedade portuguesa, os mais fervorosos cristãos, com maior consciência do fim dos tempos e por isso verdadeiros cavaleiros do Apocalipse são os taxistas, em cujos veículos não faltam os crucifixos e as Nossas Senhoras a balouçar ao sabor da sua imaculada condução.
4 - O João Pestana.
O motivo pelo qual um casal de adultos deixa um homem feito sozinho no quarto com uma criança para a "aconchegar" na caminha a pretexto de a pôr a dormir ultrapassa-me por completo. A relação dos pais com o João Pestana é a coisa mais irresponsável da sociedade portuguesa.
3 -Os monárquicos.
Ok, realmente estes existem. Vêm de Bragança e são cinco.
2 - O Sistema.
Não se sabe ao certo quem é o Sistema, nem de onde vem. Há quem o compare ao fenómeno Floribela, não conseguindo decidir se é o produto de uma imaginação retorcida ou uma trágica realidade. Muitos há que nem acreditam nele, principalmente no Norte do país. O Sistema esteve muito na berra nos anos 90 e a televisão dedicou-lhe até um programa exclusivo, com pessoas que inclusivamente tiveram o privilégio de conhecer o Sistema, como o Pedro Santana Lopes e o Fernando Seara. Sem se saber muito bem quem foi, o Sistema animou muita gente, dos jovens aos graúdos, mas desde que o Sporting ganhou uns campeonatos que o Sistema deixou de ter o peso que tinha na sociedade portuguesa.
1 - O Gregório.
Nunca ninguém o viu. Mas que ele anda aí, anda. Actualmente, ascende aos milhões o número de pessoas, particularmente entre os mais novos, que dizem ter sido visitados pelo Gregório durante uma noite bem convivida. Segundo os relatos apurados, as experiências com o Gregório envolvem náuseas, um sabor azedo da boca ao fundo da garganta, mau cheiro e um compósito estomacal que, variando de caso para caso, surge no chão aos pés da pessoa ou espalhado pela sua roupa.
ML
terça-feira, agosto 21, 2007
Realidade Strikes
Vendo como estão colocados nos prédios, quer-me parecer que os equipamentos de ar condicionado são o equivalente na vida real aos pianos que caem do céu nos desenhos animados.
CP
CP
sábado, agosto 18, 2007
terça-feira, agosto 14, 2007
A força da amizade
Não acham irónico que o hi5, esse hino à amizade, se esqueça de enviar uma mensagem de parabéns no dia de aniversário de uma pessoa?
ML
ML
sábado, agosto 11, 2007
segunda-feira, agosto 06, 2007
Quasi-Post: duas questões existenciais
"Crescei e multiplicai-vos." não é apenas uma forma bonita de dizer "Vão-se mas é fo***."?
E estaria Deus no meio do trânsito quando o disse?
CP
E estaria Deus no meio do trânsito quando o disse?
CP
quinta-feira, agosto 02, 2007
domingo, julho 29, 2007
The five stages of sneeze ou a balada do homem alérgico
O Homem Alérgico, também conhecido por homo flos de estufa, atravessa cinco fases distintas na forma como lida com a sua alergia.
A primeira é a fase da Negação: o Homem Alérgico começa a sentir os primeiros sintomas nos rebordos das suas cavidades nasais, com a liquidificação progressiva da mucosidade. É a fase das fungadelas, da gotinha de ranho recolhida a tempo para dentro da narina e directamente para o aparelho digestivo e da ocasional espirradela. Nesta fase, o Homem Alérgico está plenamente convicto que tem controlo total sobre si e sobre o seu corpo e que evitará o pior;
A segunda é a fase da Raiva: o Homem Alérgico espirra descontroladamente e qualquer coisa que lhe dizem parece uma ofensa pessoal, protestada imediatamente com uma série de bojardas mandadas à praça sem pensar. Treme por todos os lados de exaustão e não consegue fazer nada;
A terceira é conhecida por a fase do Suborno: nesta fase, em que o Homem Alérgico inspira ar e expira ranho, compreende finalmente a necessidade de ir à farmácia comprar os comprimidos para a alergia - de nada lhe servirão, pois demorarão cerca de meio dia a fazer efeito;
A quarta é a da Depressão: esvaído em ranho, o Homem Alérgico contempla o Infinito, apático, sem reacção. É o momento por excelência de ascensão espiritual, de vacuidade total do seu Ser;
A quinta e última fase é a da Aceitação: confrontado com a sua impotência nasal, o Homem Alérgico deixa-se cair na cama, no sofá ou em qualquer coisa que o valha, aceitando que nesse dia a capacidade de articular duas acções minimamente complexas está em coma profundo ou foi de férias e mais vale fechar os olhos e apagar nas próximas horas.
ML
Nota: esta última fase pode ser seguida por mais cinco, que correspondem ao reiniciar do ciclo, mas desta vez na cama, impedindo a pessoa de realmente descansar senão daí a várias horas.
A primeira é a fase da Negação: o Homem Alérgico começa a sentir os primeiros sintomas nos rebordos das suas cavidades nasais, com a liquidificação progressiva da mucosidade. É a fase das fungadelas, da gotinha de ranho recolhida a tempo para dentro da narina e directamente para o aparelho digestivo e da ocasional espirradela. Nesta fase, o Homem Alérgico está plenamente convicto que tem controlo total sobre si e sobre o seu corpo e que evitará o pior;
A segunda é a fase da Raiva: o Homem Alérgico espirra descontroladamente e qualquer coisa que lhe dizem parece uma ofensa pessoal, protestada imediatamente com uma série de bojardas mandadas à praça sem pensar. Treme por todos os lados de exaustão e não consegue fazer nada;
A terceira é conhecida por a fase do Suborno: nesta fase, em que o Homem Alérgico inspira ar e expira ranho, compreende finalmente a necessidade de ir à farmácia comprar os comprimidos para a alergia - de nada lhe servirão, pois demorarão cerca de meio dia a fazer efeito;
A quarta é a da Depressão: esvaído em ranho, o Homem Alérgico contempla o Infinito, apático, sem reacção. É o momento por excelência de ascensão espiritual, de vacuidade total do seu Ser;
A quinta e última fase é a da Aceitação: confrontado com a sua impotência nasal, o Homem Alérgico deixa-se cair na cama, no sofá ou em qualquer coisa que o valha, aceitando que nesse dia a capacidade de articular duas acções minimamente complexas está em coma profundo ou foi de férias e mais vale fechar os olhos e apagar nas próximas horas.
ML
Nota: esta última fase pode ser seguida por mais cinco, que correspondem ao reiniciar do ciclo, mas desta vez na cama, impedindo a pessoa de realmente descansar senão daí a várias horas.
quinta-feira, julho 26, 2007
O mais forte
Recentes eventos da minha vida pessoal que o anonimato obriga à confidencialidade levaram-me a formular a seguinte pergunta: quem é superior a quem, o Homem à Mosca ou a Mosca ao Homem? O Homem combate ratos, baratas e moscas há séculos e penso que está na altura de determinarmos de uma vez por todas, pelo menos para as moscas (já que os ratos são queridos e aceitáveis em ambiente familiar e as baratas nojentas e eu tenho medo delas) quem é quem neste jogo de forças. Vejamos os seguintes cenários:
Mortes derivadas de picadelas de moscas - Nenhum caso conhecido em Portugal
Sinistros nas habitações humanas provocados por mata-moscas - Incontáveis
Homem: 1 Mosca: 0
Capacidade de desconcentração provocada pelas moscas a quem escreve teses durante o calor do verão em que é necessário ter as janelas abertas - Enervante
Capacidade de desconcentração provocada pelos homens no processo natural de propagação da nojeira das moscas - Insignificante
Homem : 1 Mosca: 1
Capacidade que a Mosca tem de irritar o Homem com o seu errático esvoaçar, que no último momento se desvia do seu vôo directo rumo à janela e para fora da nossa casa - Indescritível
Capacidade do Homem de enervar a mosca para a expulsar de sua casa - Risível
Homem : 1 Mosca : 2
Capacidade que a Mosca tem de pôr um Homem que vive num rés-do-chão a fazer figura de Urso para os vizinhos que estão a passar enquanto gesticula freneticamente pela casa sem razão nenhuma aparente - Inclassificável
Capacidade que o Homem tem de pôr a Mosca a fazer figura de Ursa em qualquer circunstância possível e imaginária - Nula
Mortes derivadas de picadelas de moscas - Nenhum caso conhecido em Portugal
Sinistros nas habitações humanas provocados por mata-moscas - Incontáveis
Homem: 1 Mosca: 0
Capacidade de desconcentração provocada pelas moscas a quem escreve teses durante o calor do verão em que é necessário ter as janelas abertas - Enervante
Capacidade de desconcentração provocada pelos homens no processo natural de propagação da nojeira das moscas - Insignificante
Homem : 1 Mosca: 1
Capacidade que a Mosca tem de irritar o Homem com o seu errático esvoaçar, que no último momento se desvia do seu vôo directo rumo à janela e para fora da nossa casa - Indescritível
Capacidade do Homem de enervar a mosca para a expulsar de sua casa - Risível
Homem : 1 Mosca : 2
Capacidade que a Mosca tem de pôr um Homem que vive num rés-do-chão a fazer figura de Urso para os vizinhos que estão a passar enquanto gesticula freneticamente pela casa sem razão nenhuma aparente - Inclassificável
Capacidade que o Homem tem de pôr a Mosca a fazer figura de Ursa em qualquer circunstância possível e imaginária - Nula
Homem : 1 Mosca : 3
Conclusão final: [Censurado]
ML
Nota: Este post é melhor fruído enquanto se ouve a música do Tsubasa.
quinta-feira, julho 19, 2007
Diário de Alfredo (III)
Quarta-Feira:
Cada vez percebo menos as mulheres. Sempre me disseram que a chave para uma boa relação estava na compatibilidade e na partilha de gostos. Na última sexta-feira saí novamente com a mulher que me tem feito feliz no último mês, a Filipa. Tudo parecia estar bem quando, de repente, ela começa com uma conversa estranha de que não se sentia bem. Disse-lhe que a compreendia e que também estava indisposto. Avancei com a minha hipótese de que a nossa indisposição teria origem nos calamares que tínhamos acabado de comer e que eu suspeitava estarem fora do prazo... ou vivos! Juro a pés juntos ter visto uns quantos saltar do meu prato e esconderem-se debaixo da mesa.
A Filipa recusou ouvir a minha teoria de que os calamares ainda estariam semi-vivos e afirmou que se estava a sentir mal com a nossa relação. Foi nessa altura que me pareceu que talvez a indisposição dela não fosse devido aos calamares e perguntei-lhe o que se passava. Ela insistiu em fazer algo que nunca entendi, perguntou-me se eu não via os sinais. Que descaramento! Mas quais sinais? Quanto muito vi umas luzes, um pisca-pisca vá. No máximo dos máximos, vi uns mínimos. Agora sinais? Mas afinal é uma mulher ou uma bicicleta? E serei eu um controlador aéreo? Sinais. E eu sei que sou meio míope mas acho que há maneiras melhores de dizer a alguém para mudar de lentes.
Enfim, depois de discursar sobre os sinais durante uma boa meia-hora, perguntou-me se eu ainda estava a prestar atenção. Disse-lhe que sim. Para os que estão a duvidar de mim, não eu não menti. Até então tinha estado a prestar atenção. Depois disso é que apaguei e quando voltei a mim ela estava a dissertar sobre como eu nunca lhe dou ouvidos ou algo do género, não sei bem pois tinha estado a pensar naqueles horríveis calamares e, por breves momentos, nos meus novos azulejos de casa-de-banho. Finalmente ganhei coragem, ou foi isso ou a dor de barriga era mesmo só dos calamares, e pedi-lhe para ser sincera comigo e dizer-me afinal de contas qual era o verdadeiro problema. Ela surpreendeu-me dizendo que o problema era sexo. Disse-me que na realidade não éramos compatíveis, algo que me deixou estupefacto. Balbuciei algo que soou mais ou menos como “Zmmmfffshhhgrough!” mas ela não entendeu. Porquê tanta incompreensão? Por momentos ainda pensei estar num filme do Lars Von Trier ou num videoclip da Bjork. Não me contive e gritei exigindo saber qual era o problema. Se, afinal de contas, até gostamos dos mesmo autores neo-góticos austríacos e temos a mesma opinião acerca de lulas congeladas, como era possível não sermos compatíveis? Que mais poderia querer ela? O que me faltava? Somos praticamente gémeos caraças! Eu o Danny e ela o Arnold. A dupla perfeita. Mais calmo sentei-me. Ela olhou para mim e disse-me que tinha recentemente encontrado uma velha amiga dos tempos de faculdade e que alguns sentimentos tinham regressado. Que se iria assumir como lésbica. Disse-lhe que nunca me importei com essas coisas e que, por mim, ela podia ser o que quisesse. Lésbica ou cabeleireira, cada um escolhe a profissão que quer. Afinal vivemos num país livre. Ela acusou-me de ser pouco inteligente. Perguntei-lhe porque dizia isso e mostrei-lhe o jornal de hoje. Fiz questão de lhe mostrar as palavras cruzadas todas feitinhas. Achas que isto é obra de alguém pouco inteligente? – perguntei. A resposta que obtive foi: Preencheste o Sudoku com letras Alfredo! Já agora, ser lésbica quer dizer que eu gosto de mulheres. Quero ter relações íntimas mas com mulheres percebes?
E foi neste momento que não aguentei mais, pulei da minha cadeira, abracei-a e disse-lhe suavemente ao ouvido enquanto lágrimas me escorriam pela face: Querida… eu também! Eu também! Somos tão iguais!
Ela afastou-me com um empurrão e saiu do restaurante a correr. Ainda lhe tentei dizer que havia uma casa-de-banho dentro do restaurante mas acho que ela não me ouviu. Malditos calamares!
CP
Cada vez percebo menos as mulheres. Sempre me disseram que a chave para uma boa relação estava na compatibilidade e na partilha de gostos. Na última sexta-feira saí novamente com a mulher que me tem feito feliz no último mês, a Filipa. Tudo parecia estar bem quando, de repente, ela começa com uma conversa estranha de que não se sentia bem. Disse-lhe que a compreendia e que também estava indisposto. Avancei com a minha hipótese de que a nossa indisposição teria origem nos calamares que tínhamos acabado de comer e que eu suspeitava estarem fora do prazo... ou vivos! Juro a pés juntos ter visto uns quantos saltar do meu prato e esconderem-se debaixo da mesa.
A Filipa recusou ouvir a minha teoria de que os calamares ainda estariam semi-vivos e afirmou que se estava a sentir mal com a nossa relação. Foi nessa altura que me pareceu que talvez a indisposição dela não fosse devido aos calamares e perguntei-lhe o que se passava. Ela insistiu em fazer algo que nunca entendi, perguntou-me se eu não via os sinais. Que descaramento! Mas quais sinais? Quanto muito vi umas luzes, um pisca-pisca vá. No máximo dos máximos, vi uns mínimos. Agora sinais? Mas afinal é uma mulher ou uma bicicleta? E serei eu um controlador aéreo? Sinais. E eu sei que sou meio míope mas acho que há maneiras melhores de dizer a alguém para mudar de lentes.
Enfim, depois de discursar sobre os sinais durante uma boa meia-hora, perguntou-me se eu ainda estava a prestar atenção. Disse-lhe que sim. Para os que estão a duvidar de mim, não eu não menti. Até então tinha estado a prestar atenção. Depois disso é que apaguei e quando voltei a mim ela estava a dissertar sobre como eu nunca lhe dou ouvidos ou algo do género, não sei bem pois tinha estado a pensar naqueles horríveis calamares e, por breves momentos, nos meus novos azulejos de casa-de-banho. Finalmente ganhei coragem, ou foi isso ou a dor de barriga era mesmo só dos calamares, e pedi-lhe para ser sincera comigo e dizer-me afinal de contas qual era o verdadeiro problema. Ela surpreendeu-me dizendo que o problema era sexo. Disse-me que na realidade não éramos compatíveis, algo que me deixou estupefacto. Balbuciei algo que soou mais ou menos como “Zmmmfffshhhgrough!” mas ela não entendeu. Porquê tanta incompreensão? Por momentos ainda pensei estar num filme do Lars Von Trier ou num videoclip da Bjork. Não me contive e gritei exigindo saber qual era o problema. Se, afinal de contas, até gostamos dos mesmo autores neo-góticos austríacos e temos a mesma opinião acerca de lulas congeladas, como era possível não sermos compatíveis? Que mais poderia querer ela? O que me faltava? Somos praticamente gémeos caraças! Eu o Danny e ela o Arnold. A dupla perfeita. Mais calmo sentei-me. Ela olhou para mim e disse-me que tinha recentemente encontrado uma velha amiga dos tempos de faculdade e que alguns sentimentos tinham regressado. Que se iria assumir como lésbica. Disse-lhe que nunca me importei com essas coisas e que, por mim, ela podia ser o que quisesse. Lésbica ou cabeleireira, cada um escolhe a profissão que quer. Afinal vivemos num país livre. Ela acusou-me de ser pouco inteligente. Perguntei-lhe porque dizia isso e mostrei-lhe o jornal de hoje. Fiz questão de lhe mostrar as palavras cruzadas todas feitinhas. Achas que isto é obra de alguém pouco inteligente? – perguntei. A resposta que obtive foi: Preencheste o Sudoku com letras Alfredo! Já agora, ser lésbica quer dizer que eu gosto de mulheres. Quero ter relações íntimas mas com mulheres percebes?
E foi neste momento que não aguentei mais, pulei da minha cadeira, abracei-a e disse-lhe suavemente ao ouvido enquanto lágrimas me escorriam pela face: Querida… eu também! Eu também! Somos tão iguais!
Ela afastou-me com um empurrão e saiu do restaurante a correr. Ainda lhe tentei dizer que havia uma casa-de-banho dentro do restaurante mas acho que ela não me ouviu. Malditos calamares!
terça-feira, julho 17, 2007
Trabalhos forçados
Custa-me ouvir as notícias de que pessoas com doenças terminais ou altamente desgastantes são obrigadas a trabalhar até, muitas vezes, à sua prematura morte.
Custa-me ouvir estas notícias mas a verdade é que elas não me espantam. Tendo em conta que vivemos num país no qual o Estado claramente padece de múltiplas doenças mas ainda vai dando sinais de vida (nem que seja quando é altura de pagar impostos), não esperava outra atitude.
CP
Custa-me ouvir estas notícias mas a verdade é que elas não me espantam. Tendo em conta que vivemos num país no qual o Estado claramente padece de múltiplas doenças mas ainda vai dando sinais de vida (nem que seja quando é altura de pagar impostos), não esperava outra atitude.
CP
sexta-feira, julho 13, 2007
quinta-feira, julho 12, 2007
Odores afrodisíacos
É tudo uma questão de economia. O detergente custa dinheiro e portanto a minha pergunta para vós é: a partir de que quantidade de louça é que se justifica deitar detergente no esfregão? Pergunta tramada, não é? Porque há contas para pagar (designadamente as encomendas de banda desenhada que chegam ao fim do mês) e há que poupar dinheiro, não se pode desperdiçar o ordenado assim de qualquer maneira. Portanto, justifica-se a pergunta. Quando recorrer ao detergente? Para um prato e dois talheres? Para uma tijela de sopa e uma colher? É que se uma pessoa deitasse umas gotinhas e a coisa desse... Mas não! Para criar espuma não bastam duas cuspidelas! É preciso dar-lhe com convicção! E por isso, depois de cálculos rigorosos feitos à vontade ao longo de três anos cheguei à conclusão que só a partir da quarta refeição é que se justifica mandar-lhe com o bendito do coiso.
Mas nisto passa-se mais ou menos uma semana, semana e meia, porque nem sempre fazemos refeições a sério ao jantar (lendo-se por «a sério» as que metem prato e talheres - sim, porque depois há as refeições que só metem prato, mas que depois não contam para justificar o uso do detergente), ao contrário, por exemplo, das nossas irmãs. E como Deus, na sua infinita sabedoria, achou por bem fazer os irmãos mais velhos criados das irmãs mais novas, ao fim de duas semanas a cozinha de uma pessoa cobre todo o campo odorífero que a mãe natureza e mais além pode proporcionar. E assim pude descobrir como é possível a geração espontânea de fungos dentro de água a partir de restos de ovo mexido, conhecimento pelo qual fiquei tão reconhecido que decidi partilhar com todos vós. Obrigado por me ouvirem.
Mas nisto passa-se mais ou menos uma semana, semana e meia, porque nem sempre fazemos refeições a sério ao jantar (lendo-se por «a sério» as que metem prato e talheres - sim, porque depois há as refeições que só metem prato, mas que depois não contam para justificar o uso do detergente), ao contrário, por exemplo, das nossas irmãs. E como Deus, na sua infinita sabedoria, achou por bem fazer os irmãos mais velhos criados das irmãs mais novas, ao fim de duas semanas a cozinha de uma pessoa cobre todo o campo odorífero que a mãe natureza e mais além pode proporcionar. E assim pude descobrir como é possível a geração espontânea de fungos dentro de água a partir de restos de ovo mexido, conhecimento pelo qual fiquei tão reconhecido que decidi partilhar com todos vós. Obrigado por me ouvirem.
ML
P. P. (ou seja, post postum): Lamentavelmente, não me lembrei de tirar uma foto que fizesse justiça ao espectáculo acima descrito. Mas podem visitar estes nossos (pronto, meus, e daí podem ficar a conhecer um pouco dos meus hábitos caseiros) posts mais antigos: A Sopa e A Sopa 2. Enjoy, my children!
quarta-feira, julho 11, 2007
The manly way
Às vezes é fácil compreender as opções de quem faz publicidade. Tomem o caso da Joana, da Rita e da Teresinha, por exemplo (também conhecidas como as meninas da Netcabo, ou a Teresinha e as outras duas). Há uma razão clara para terem sido escolhidas mulheres para a gravação do anúncio. Porque quando outras mulheres vêm o anúncio imediatamente reviram os olhos e comentam a óbvia acefalia do alvo pretendido, desinteressando-se do produto e deixando a questão da adesão aos homens. Trigo limpo, porque depois de um anúncio daqueles qualquer homem fica à espera de abrir a caixa e ver sair de lá a Teresinha, qual génio da lâmpada a dizer que temos direito a três favores sexuais a serem realizados por ela própria.
Agora imaginem que a Netcabo tinha pensado em contratar o Rúben, o Tiago e o Carlitos. A imagem de três gajos encostadinhos uns aos outros a olhar lascivamente para a câmara e a balbuciar «trim, trim» imediatamente causaria acessos de repulsa junto de outros homens, privando a Netcabo de metade dos seus potenciais compradores, que se recusariam a levar para casa uma caixa de onde pudesse sair um demónio que, ou iria certamente possuir as suas mulheres, ou os privaria do último reduto da sua masculinidade.
Agora imaginem que a Netcabo tinha pensado em contratar o Rúben, o Tiago e o Carlitos. A imagem de três gajos encostadinhos uns aos outros a olhar lascivamente para a câmara e a balbuciar «trim, trim» imediatamente causaria acessos de repulsa junto de outros homens, privando a Netcabo de metade dos seus potenciais compradores, que se recusariam a levar para casa uma caixa de onde pudesse sair um demónio que, ou iria certamente possuir as suas mulheres, ou os privaria do último reduto da sua masculinidade.
(Ela não é absolutamente linda...? CP, HS, voltei a apaixonar-me!! E agora posso vê-la sempre que quiser no blog! Nhiiaahahaahah!!!)
ML
terça-feira, julho 10, 2007
A chama - versão idílica
Essa tão linda intenção de amizade, CP, faz pensar nas fotografias que andam espalhadas pelo hi5 nos perfis de algumas jovens com os títulos «amigas de sempre, para sempre...». As reticências parece que convidam a que uma pessoa complete, escrevendo: «...e depois meteu-se um gajo pelo meio e deu cabo de tudo».
ML
Não que eu ande a ver perfis de raparigas mais novas que eu. Não intencionalmente. Aliás, nem se pode dizer, propriamente, que eu frequente o hi5. Regularmente, de qualquer modo. Convenhamos.
ML
Não que eu ande a ver perfis de raparigas mais novas que eu. Não intencionalmente. Aliás, nem se pode dizer, propriamente, que eu frequente o hi5. Regularmente, de qualquer modo. Convenhamos.
segunda-feira, julho 09, 2007
Voltar a acender a chama
Acerca deste fenómeno das comunidades virtuais, que já não é assim tão novo como por vezes os meios de comunicação querem fazer-nos crer, do qual o Hi5 ou o Myspace são exemplos, há uma justificação que é frequentemente dada para o seu uso e que me deixa algo preplexo. Refiro-me a algo que se pode ler numa miríade de "profiles" espalhados por esses sites e que pode ser resumida na seguinte frase "Pretendo reencontrar velhos amigos e colegas.". Ora, sendo louvável sem dúvida este desejo de querer reavivar velhos laços, não acham que houve um motivo pelo qual essas "velhas amizades" nunca mais vos deram sinal de vida?
CP
CP
sábado, julho 07, 2007
Dúvidas existenciais em desenhos animados
Ode ao Verão
Ai Verão,
Ai mosquitos irritantes de Verão
que me picam noite sim e noite não.
Picadas que fazem com que os meus braços,
braços brancos como os dos cámonos que p'rá 'qui andam no Verão,
se tornem iguais aos braços de um toxicodependente
com problemas de visão.
Ai Verão... Verão...
CP
Ai mosquitos irritantes de Verão
que me picam noite sim e noite não.
Picadas que fazem com que os meus braços,
braços brancos como os dos cámonos que p'rá 'qui andam no Verão,
se tornem iguais aos braços de um toxicodependente
com problemas de visão.
Ai Verão... Verão...
CP
quinta-feira, julho 05, 2007
Diário de Alfredo (II)
Querido diário, já não escrevo há muito porque mais uma vez me envergonhei. Sempre ouvi dizer que se pedirmos um desejo ao avistar Vénus, esse desejo se torna realidade. Anteontem à noite olhei para o céu e avistando aquele brilhante planeta, fechei os olhos e pedi aquilo que sempre quis, encontrar o verdadeiro amor.
Quando abri os olhos reparei que o planeta já não estava lá... Ohei para todo o lado em desespero e finalmente avistei aquele brilho característico mas mais à esquerda do sítio onde deveria estar. Tinha pedido o meu desejo a um avião que estava a passar.
Contemplo a hipótese de me suicidar através do encravamento de unha. Parece-me, além de apropriado, eficaz.
CP
Quando abri os olhos reparei que o planeta já não estava lá... Ohei para todo o lado em desespero e finalmente avistei aquele brilho característico mas mais à esquerda do sítio onde deveria estar. Tinha pedido o meu desejo a um avião que estava a passar.
Contemplo a hipótese de me suicidar através do encravamento de unha. Parece-me, além de apropriado, eficaz.
terça-feira, julho 03, 2007
domingo, julho 01, 2007
Desabafo domingueiro
Waterworld, um filme com Kevin Costner, foi um autêntico fracasso de bilheteira. Hoje tive a oportunidade de o rever e penso que Waterworld foi um fracasso por falta de visão. Não por falta de visão dos realizadores (Kevin Reynolds & Kevin Costner) ou dos argumentistas (Peter Rader e David Twohy) mas sim por falta de visão por parte do público. O que o público claramente não conseguiu perceber é que é preciso arte e talento para conseguir fazer com que um filme feito em 1995 se pareça tanto, quer ao nível dos efeitos especiais como das actuações, com um filme feito em 1959 como por exemplo o "Attack of the Giant Leeches". É claro que por outro lado, tendo em conta que é um filme "artístico" seria de esperar que fosse um flop... mas nesse caso (drum roll please...) porque é que não passou no Nimas?
CP
CP
quinta-feira, junho 28, 2007
Metalinguagem
A hipocrisia é uma coisa que me meteu sempre muita confusão. Quer dizer, as pessoas chegam ao pé de nós, nós confiamos nelas, desenvolvemos aquela coisa chamada amizade, em que decidimos confiar na pessoa para o melhor e para o pior e vamos por aí à aventura em programas de diversão, festa e gargalhadas... E corre tudo muito bem, lá vai a amizade de vento em popa. E depois um dia ficamos muito espantados quando descobrimos que na verdade é tudo uma aldrabice pegada, que a pessoa apenas nos tolera e nem sequer acha piada às bocas que mandamos, mas pronto, vamos lá fazer o favor à pessoa, senão morremos aqui todos de tédio...
Toda a gente já assistiu a casos destes, ficando obviamente chocados pela traição, pela punhalada nas costas, pela hipocrisia, persona non grata, fds, tu nunca mais me apareças à frente...! E quanto a nós? Népia, alguma vez eu faria uma coisa dessas, mas por quem me tomas?, o meu berço é de ouro e fui educado com os valores da Santa Madre Igreja e de acordo com uma ética comunitária.
E depois chega o messenger e denuncia toda a podridão humana e a razão pela qual iremos todos arder no Inferno com os barões de droga colombianos e o Bibi. Somos todos hipócritas, não há volta a dar. Porque andamos aí a apregoar que achamos um piadão à paródia que se passa na nossa janela de messenger e estamos distraidamente a seguir a conversa ou a cuscar as novas na marvel.com ou no hentaifzh.net
E vamos mandando gargalhadas virtuais, retribuídas com mais risadas e emoticons divertidos, quando o que verdadeiramente se passa é o seguinte:
HS says: E depois aconteceu isto, isto e isto!!!
ML says: lol [resposta educada de quem leu com profunda indiferença tudo quanto foi escrito]
CP says: E olha, isto que aconteceu deixou-me assim, assim e assado...
ML says: ["já chega, cala-te lá um pouco que estou farto desta conversa" ou "a ver se o assunto morre de uma vez..."]
EV says: Eu acho que isto é um espectáculo, devias experimentar!!!
ML says: ["I could not care less"]
GD says: E foi nessa altura que fiz isto!!!
ML says: lolol [esboça um sorriso]
INCS says: E ela contou-me isto, e eu disse aquilo, porque não-sei-quem acha que tal!
ML says: lolololol [sorriso rasgado, acha realmente piada]
BK says: E de repente passa-se isto, achas normal?!
ML says: LOL [acha graça ao que lê, forma um sorriso aberto, mostra a dentadura e deixa sair uma risada de satisfação]
adancadasolidao says: Olha que não, bom, bom seria se fosse isto desta maneira ou da outra!
ML says: LOLOLOL [solta gargalhadas, rindo-se]
Anaoj says: E ele perguntou-me... estás preparado...? Mas isto não é o mesmo que aquilo?
ML says: LOLOLOLOLOLOLOLOLOL [histérico]
Nota: o que aqui se disse é válido para as variantes «ahah/haha», «eheh» ou o espanhol «jejeje»;
Nota2: I'm going to hell because i do this, and so are you all :P
ML
Toda a gente já assistiu a casos destes, ficando obviamente chocados pela traição, pela punhalada nas costas, pela hipocrisia, persona non grata, fds, tu nunca mais me apareças à frente...! E quanto a nós? Népia, alguma vez eu faria uma coisa dessas, mas por quem me tomas?, o meu berço é de ouro e fui educado com os valores da Santa Madre Igreja e de acordo com uma ética comunitária.
E depois chega o messenger e denuncia toda a podridão humana e a razão pela qual iremos todos arder no Inferno com os barões de droga colombianos e o Bibi. Somos todos hipócritas, não há volta a dar. Porque andamos aí a apregoar que achamos um piadão à paródia que se passa na nossa janela de messenger e estamos distraidamente a seguir a conversa ou a cuscar as novas na marvel.com ou no hentaifzh.net
E vamos mandando gargalhadas virtuais, retribuídas com mais risadas e emoticons divertidos, quando o que verdadeiramente se passa é o seguinte:
HS says: E depois aconteceu isto, isto e isto!!!
ML says: lol [resposta educada de quem leu com profunda indiferença tudo quanto foi escrito]
CP says: E olha, isto que aconteceu deixou-me assim, assim e assado...
ML says: ["já chega, cala-te lá um pouco que estou farto desta conversa" ou "a ver se o assunto morre de uma vez..."]
EV says: Eu acho que isto é um espectáculo, devias experimentar!!!
ML says: ["I could not care less"]
GD says: E foi nessa altura que fiz isto!!!
ML says: lolol [esboça um sorriso]
INCS says: E ela contou-me isto, e eu disse aquilo, porque não-sei-quem acha que tal!
ML says: lolololol [sorriso rasgado, acha realmente piada]
BK says: E de repente passa-se isto, achas normal?!
ML says: LOL [acha graça ao que lê, forma um sorriso aberto, mostra a dentadura e deixa sair uma risada de satisfação]
adancadasolidao says: Olha que não, bom, bom seria se fosse isto desta maneira ou da outra!
ML says: LOLOLOL [solta gargalhadas, rindo-se]
Anaoj says: E ele perguntou-me... estás preparado...? Mas isto não é o mesmo que aquilo?
ML says: LOLOLOLOLOLOLOLOLOL [histérico]
Nota: o que aqui se disse é válido para as variantes «ahah/haha», «eheh» ou o espanhol «jejeje»;
Nota2: I'm going to hell because i do this, and so are you all :P
ML
segunda-feira, junho 25, 2007
sábado, junho 23, 2007
Blogsérie Interactiva - 9m32s - Episódio 8 (Finalmente)
Episódio 1 - Autor: Capitão-mor
Episódio 2 - Autor: LoiS
Episódio 3 - Autora: Jade
Episódio 4 - Autor: Capitão-mor
Episódio 5 - Autor: LoiS
Episódio 6 - Autor: Maríita
Episódio 7 - Autor:Maríita
Episódio 8:
Amélia já nem sente as pernas. Limita-se a flutuar. Percorre todos os quartos, todos os corredores mas só ouve a respiração ofegante da João.
Não, agora não! Logo agora que te encontrei de novo não te vou deixar ir. - pensava em voz alta.
Encontrou a João estendida no chão da cozinha. O seu corpo jazia mesmo no meio de uma poça de sangue que insistia em expandir-se.
Meu Deus, tanto sangue! - pensou Amélia.
- "João! João! Por favor diz qualquer coisa!"
- "Mmmm... Amélia... mmm..."
- "João, por favor... diz algo!
Ao ajoelhar-se junto à sua amiga, sua colega, compenheira de tempos cruéis nos quais eram forçadas a ver os jogos do Benfica, Amélia repara que o sangue afinal não passa de ketchup.
- "João?"
- "Mmmmm..."
- "Onde é que ela te atingiu?"
- "Mmmmm... não é isso... estás com o joelho em cima da minha mão!"
- "Oops. Desculpa! Estás bem?"
- "Sim, aquela cabra da Débora... vá lá que a pontaria dela é muito semelhante à de uma toupeira com cataratas. Mas olha que mesmo de raspão isto doi que se farta!"
-"Hum... bem acho que não é da bala, é que estás mesmo em cima de uma garrafa de Ketchup. A picada deve ser dos vidros."
-"Caraças! E o casaco acabado de comprar...RAIOS! Vou matar aquela p"
-"Amélia? Amélia estás ai?"
No meio da confusão Amélia tinha-se esquecido completamente do homem que a faz tremer por dentro, isto se não contarmos com o seu tio António mas esse era um homem de enormes recursos, além de ter curso pelo Chapitô.
-"Diz Augusto. Onde estão?"
-"Estamos todos juntos numa carrinha mas não sabemos nem onde e muito menos o que fazer. Estamos com os olhos em lágrimas."
-"Pois o gás..."
-"Não! Estão-nos a obrigar a ver gravações do programa da Fátima Lopes. O Reis já lhes disse para o deixarem voltar à seita para ser sodomizado e chicoteado mas mesmo assim eles não param!"
-"Chiu! Estou a ouvir passos. João consegues levantar-te?"
-"Claro baby. Que bosta, o casaco está mesmo perdido. "
Amélia e João escondem-se atrás de uma enorme mesa na qual, muito provavelmente, eram preparados os corpos para os rituais e, pela quantidade de farinha, claras em castelo e acúcar muitas outras iguarias. Antes do clarão e do intenso cheiro a perfume barato as ter feito desmaiar só tiveram tempo de ver uns sapatos castanhos e o que lhes pareceu ser uma bengala.
(Continua)
CP
Proponho que o próximo capítulo, a sair preferencialmente na próxima 4ª feira, seja escrito pela Arya do Blog Blog Secreto dos Génios Rebeldes.
Episódio 2 - Autor: LoiS
Episódio 3 - Autora: Jade
Episódio 4 - Autor: Capitão-mor
Episódio 5 - Autor: LoiS
Episódio 6 - Autor: Maríita
Episódio 7 - Autor:Maríita
Episódio 8:
Amélia já nem sente as pernas. Limita-se a flutuar. Percorre todos os quartos, todos os corredores mas só ouve a respiração ofegante da João.
Não, agora não! Logo agora que te encontrei de novo não te vou deixar ir. - pensava em voz alta.
Encontrou a João estendida no chão da cozinha. O seu corpo jazia mesmo no meio de uma poça de sangue que insistia em expandir-se.
Meu Deus, tanto sangue! - pensou Amélia.
- "João! João! Por favor diz qualquer coisa!"
- "Mmmm... Amélia... mmm..."
- "João, por favor... diz algo!
Ao ajoelhar-se junto à sua amiga, sua colega, compenheira de tempos cruéis nos quais eram forçadas a ver os jogos do Benfica, Amélia repara que o sangue afinal não passa de ketchup.
- "João?"
- "Mmmmm..."
- "Onde é que ela te atingiu?"
- "Mmmmm... não é isso... estás com o joelho em cima da minha mão!"
- "Oops. Desculpa! Estás bem?"
- "Sim, aquela cabra da Débora... vá lá que a pontaria dela é muito semelhante à de uma toupeira com cataratas. Mas olha que mesmo de raspão isto doi que se farta!"
-"Hum... bem acho que não é da bala, é que estás mesmo em cima de uma garrafa de Ketchup. A picada deve ser dos vidros."
-"Caraças! E o casaco acabado de comprar...RAIOS! Vou matar aquela p"
-"Amélia? Amélia estás ai?"
No meio da confusão Amélia tinha-se esquecido completamente do homem que a faz tremer por dentro, isto se não contarmos com o seu tio António mas esse era um homem de enormes recursos, além de ter curso pelo Chapitô.
-"Diz Augusto. Onde estão?"
-"Estamos todos juntos numa carrinha mas não sabemos nem onde e muito menos o que fazer. Estamos com os olhos em lágrimas."
-"Pois o gás..."
-"Não! Estão-nos a obrigar a ver gravações do programa da Fátima Lopes. O Reis já lhes disse para o deixarem voltar à seita para ser sodomizado e chicoteado mas mesmo assim eles não param!"
-"Chiu! Estou a ouvir passos. João consegues levantar-te?"
-"Claro baby. Que bosta, o casaco está mesmo perdido. "
Amélia e João escondem-se atrás de uma enorme mesa na qual, muito provavelmente, eram preparados os corpos para os rituais e, pela quantidade de farinha, claras em castelo e acúcar muitas outras iguarias. Antes do clarão e do intenso cheiro a perfume barato as ter feito desmaiar só tiveram tempo de ver uns sapatos castanhos e o que lhes pareceu ser uma bengala.
(Continua)
CP
Proponho que o próximo capítulo, a sair preferencialmente na próxima 4ª feira, seja escrito pela Arya do Blog Blog Secreto dos Génios Rebeldes.
Cera
Confesso-vos que desde que tomei conhecimento, há muitos anos atrás, de como a minha irmã recorria à cera para fazer a depilação, nunca me preocupei muito em conhecer as propriedades desse produto, como elemento supérfluo ao universo masculino. A minha opinião mudou um pouco depois do «Corpo de Delito», com a Madonna, mas no essencial permaneceu inalterada. E isto para dizer que em todo o meu tempo de vida sempre imaginei que, se algum dia tivesse de lidar com cera, a estaria a retirar do peito após uma noite louca de prazer alternativo, e não a olhar desconsoladamente para uns tenis de camurça cujo código genético foi alterado para sempre...
ML
ML
sexta-feira, junho 22, 2007
quinta-feira, junho 21, 2007
Intervenção divina
A vida tem o potencial de se tornar monótona. Quer dizer, imaginemos Lisboa. Vir trabalhar todos os dias de manhã até Lisboa é o IC19 a reproduzir carros como coelhos, a 2.ª circular entupida, a angústia das portagens na 25 de Abril. Depois é trabalhar até às seis da tarde ou mais além e enfrentar o longo e demorado salto em frente até Sintra, Amadora, Almada, Alverca onde nos pode ou não esperar a louça do dia anterior, que não tivemos tempo ou pachorra para lavar, e inevitavelmente, o jantar por fazer. E por isso toca de ir ao Pingo Doce ou ao Modelo, que até é mais barato mas fica mais longe para comprar a comida que já tinha acabado, mas - oh, supresa! - tinha-me esquecido! Isto para não falar da prole, que nem consigo imaginar o que é a responsabilidade de conciliar emprego e filhos. E por isso, ao fim de uns tempos, se um gajo não faz nada para o evitar, entra a rotina, entram os 40 anos onde só se tem trinta e uma pessoa está completamente perdida na vida. E nisto chega Deus e inventa a Lei de Murphy. A Lei de Murphy é a resposta divina à invenção da sociedade de massas pelo Homem.
Graças à Lei de Murphy, eu sei que vou parar à caixa registadora onde não só as pessoas NÃO vão pagar com cartão, vão querer contas separadas para certos itens, se calhar ainda pedem factura e a senhora que está à minha frente se vai querer desfazer de todos os trocos que lhe estiverem a pesar no porta-moedas, como se as pessoas se sentissem mais ricas quanto mais leves sentirem a bolsa.
E depois as pessoas confundem stress com emoção! A Lei de Murphy está cá para garantir que vida de um gajo se torne mais entusiasmante, não para enriquecer os psicólogos! Senão, por que motivo, quando eu estou assim mesmo aflito para largar daquelas vagas ininterruptas de bosta pela sanita abaixo (essas mesmo de entupir o cano), encontro aquela vizinha que me conhece e que quer ficar a falar comigo, por que razão as chaves caem antes de entrar na fechadura e esta não abre à primeira? E, mais grave, sendo do conhecimento geral como a proximidade física da sanita aumenta a pressão intestinal, por que motivo o ziper encrava e os botões das calças ficam presos, senão para um gajo poder gozar a evacuação com maior prazer?
E depois as igrejas estão vazias. Não se compreende.
Graças à Lei de Murphy, eu sei que vou parar à caixa registadora onde não só as pessoas NÃO vão pagar com cartão, vão querer contas separadas para certos itens, se calhar ainda pedem factura e a senhora que está à minha frente se vai querer desfazer de todos os trocos que lhe estiverem a pesar no porta-moedas, como se as pessoas se sentissem mais ricas quanto mais leves sentirem a bolsa.
E depois as pessoas confundem stress com emoção! A Lei de Murphy está cá para garantir que vida de um gajo se torne mais entusiasmante, não para enriquecer os psicólogos! Senão, por que motivo, quando eu estou assim mesmo aflito para largar daquelas vagas ininterruptas de bosta pela sanita abaixo (essas mesmo de entupir o cano), encontro aquela vizinha que me conhece e que quer ficar a falar comigo, por que razão as chaves caem antes de entrar na fechadura e esta não abre à primeira? E, mais grave, sendo do conhecimento geral como a proximidade física da sanita aumenta a pressão intestinal, por que motivo o ziper encrava e os botões das calças ficam presos, senão para um gajo poder gozar a evacuação com maior prazer?
E depois as igrejas estão vazias. Não se compreende.
ML
domingo, junho 17, 2007
sábado, junho 16, 2007
quinta-feira, junho 14, 2007
Quando se está no céu tem-se claramente tempo a mais
Nestes últimos dias tive a oportunidade de verificar algo interessante que se prende com o mundo da aviação comercial.
Ao olhar pela janela reparei que nas asas dos aviões que vemos mas que principalmente ouvimos está escrito o seguinte: "Do not walk outside this area". A princípio pensei que se tinham enganado, já que me apreceu obvio que o que queriam ter escrito seria algo como: "Do not walk here!" ou simplesmente "Are you ok? Oh nothing. It's just that you are OUTSIDE the bloody aeroplane mate!". No entanto, com o passar do tempo consegui perceber o porquê de escreverem "Do not walk outside this area" nas asas: é que habitualmente as pessoas sentem-se aborrecidas e após tantas horas sentadas tendem a querer ir esticar as pernas um pouco. Desta forma sabem sempre até onde podem ir para apanhar ar. Outra hipótese, provavelmente mais realista, prende-se com o preço dos bilhetes e com a qualidade dos lugares. Ora, a maior parte do avião é ocupada pelos passageiros da classe turística que estão todos misturados uns com os outros e com a tripulação. Logo na parte da frente do avião encontramos os passageiros que viajam em classe executiva, pagam mais mas ganham uma divisória que os separa claramente dos demais passageiros (ou ralé) da turística. Esta divisória consiste numa poderosa cortina de correr cinzenta. Parece-me evidente a existência de toda uma outra classe que aparentemente tem o próprio avião, assim como o oxigénio, como divisória entre si e todas as outras classes. Resta saber se eles pagam mais só para não comer a "deliciosa" comidinha que é servida ou se é mesmo para não serem incomodados com o irritante barulho do intercomunicador e do pseudo-falatório completamente imperceptível da tripulação.
Ao olhar pela janela reparei que nas asas dos aviões que vemos mas que principalmente ouvimos está escrito o seguinte: "Do not walk outside this area". A princípio pensei que se tinham enganado, já que me apreceu obvio que o que queriam ter escrito seria algo como: "Do not walk here!" ou simplesmente "Are you ok? Oh nothing. It's just that you are OUTSIDE the bloody aeroplane mate!". No entanto, com o passar do tempo consegui perceber o porquê de escreverem "Do not walk outside this area" nas asas: é que habitualmente as pessoas sentem-se aborrecidas e após tantas horas sentadas tendem a querer ir esticar as pernas um pouco. Desta forma sabem sempre até onde podem ir para apanhar ar. Outra hipótese, provavelmente mais realista, prende-se com o preço dos bilhetes e com a qualidade dos lugares. Ora, a maior parte do avião é ocupada pelos passageiros da classe turística que estão todos misturados uns com os outros e com a tripulação. Logo na parte da frente do avião encontramos os passageiros que viajam em classe executiva, pagam mais mas ganham uma divisória que os separa claramente dos demais passageiros (ou ralé) da turística. Esta divisória consiste numa poderosa cortina de correr cinzenta. Parece-me evidente a existência de toda uma outra classe que aparentemente tem o próprio avião, assim como o oxigénio, como divisória entre si e todas as outras classes. Resta saber se eles pagam mais só para não comer a "deliciosa" comidinha que é servida ou se é mesmo para não serem incomodados com o irritante barulho do intercomunicador e do pseudo-falatório completamente imperceptível da tripulação.
CP
quarta-feira, junho 13, 2007
Pai de família
segunda-feira, junho 11, 2007
domingo, junho 10, 2007
E isto é o que acontece...
...quando não se usa o copy/paste.
ML (lookit me, I'm a cartoon character!!)
Por aqui para a Dupla Personalidade.
ML (lookit me, I'm a cartoon character!!)
Por aqui para a Dupla Personalidade.
sábado, junho 09, 2007
sexta-feira, junho 08, 2007
What's the matter McFly?
Getting an aeroplane up in the sky is a lot like playing chicken. The only thing is that, in this case, you're playing chicken against gravity.
CP
CP
quarta-feira, junho 06, 2007
Diário de Alfredo (I)
Terça-Feira, 03 de Novembro
Hoje a M. convidou-me para tomar um café. Enquanto conversávamos o tópico voltou a cair sobre o porquê da minha solidão. Não percebo como é que ela, sendo minha amiga de longa data e já tendo sido minha amante ainda não entendeu o que é que eu quero de uma mulher. Penso ser um tipo normal, que não procura nada de muito especial, apenas alguém a quem consiga fazer rir, de preferência sem ter de tirar a roupa para o conseguir.
Segunda-Feira, 13 de Dezembro
Há muito que não escrevia. Encontrei alguém! Felicidade. Ela é perfeita para mim. Tem as suas manias mas é muito alegre, bonita e segundo os últimos exames possui um Q.I. superior a 115. Resta saber quando falará comigo. Suponho que derramar café quente em cima dela não tenha sido a melhor abordagem. Mas tenho esperança de que quando ela sair da unidade de queimados irá querer dar-me uma palavrinha que seja. A vitória é minha!
Hoje a M. convidou-me para tomar um café. Enquanto conversávamos o tópico voltou a cair sobre o porquê da minha solidão. Não percebo como é que ela, sendo minha amiga de longa data e já tendo sido minha amante ainda não entendeu o que é que eu quero de uma mulher. Penso ser um tipo normal, que não procura nada de muito especial, apenas alguém a quem consiga fazer rir, de preferência sem ter de tirar a roupa para o conseguir.
Segunda-Feira, 13 de Dezembro
Há muito que não escrevia. Encontrei alguém! Felicidade. Ela é perfeita para mim. Tem as suas manias mas é muito alegre, bonita e segundo os últimos exames possui um Q.I. superior a 115. Resta saber quando falará comigo. Suponho que derramar café quente em cima dela não tenha sido a melhor abordagem. Mas tenho esperança de que quando ela sair da unidade de queimados irá querer dar-me uma palavrinha que seja. A vitória é minha!
(Continua)
CP
domingo, junho 03, 2007
Discurso à nação
Infelizmente tudo o que é bom acaba. Felizmente tudo o que é mau também! Assim sendo, e com o fim do semestre, chega também ao fim o brilhante programa Posta@Posta da Jornalismo Porto Rádio. Com o fim do Posta@Posta, chega também o momento de fechar a cortina ao Direito de Antena Carapaus com Chantilly que acompanhava o programa há alguns meses. Como podem ver, há sempre um lado positivo!
(pausa para aplausos e ida à casa-de-banho)
Mas há um bónus! Num obvio ímpeto de pura irracionalidade os membros do Posta@Posta resolveram convidar os Carapaus a participar uma última vez no programa mas agora como entrevistados. O maravilhoso, hilariante e extraordinariamente esclarecedor resultado pode ser encontrado aqui.
(pausa para aplausos e ida à casa-de-banho)
Mas há um bónus! Num obvio ímpeto de pura irracionalidade os membros do Posta@Posta resolveram convidar os Carapaus a participar uma última vez no programa mas agora como entrevistados. O maravilhoso, hilariante e extraordinariamente esclarecedor resultado pode ser encontrado aqui.
quinta-feira, maio 31, 2007
Libertação de gás pimenta
Hoje, pelas dez horas da manhã, foi libertado na estação de metro do Saldanha, em Lisboa, uma substância vulgarmente conhecida por «gás pimenta», o que obrigou à assistência de 11 indivíduos. Fontes próximas das equipas de investigação declararam haver indícios de o acto ter sido perpetrado por elementos das comunidades africanas residentes no país como forma de retaliação à forte discriminação racial e brutalidade policial de que são alvo. Em conluio com estes, teriam agido células de um radicalismo islâmico em operação no país juntamente com grupos independentistas que...
As nossas desculpas. As justificações que acabaram de ler não dizem respeito ao caso do Saldanha, mas a qualquer outro país do mundo onde as tensões raciais e religiosas e movimentos independentista atingem realmente níveis perturbadores de conflito aberto. Sendo assim, e para retomar o fio à meada, fontes próximas das equipas de investigação admitem que o caso foi perpetrado por indivíduos com níveis muito baixos de inteligência social padecendo da patologia conhecida por magnus tempus libris. Como se sabe, esta doença, também designada de micosis coçandi, resulta da frustração da pessoa pela vida patética que leva, motivando a realização de actos covardes contra quem nada tem a ver com o assunto. O tratamento desta patologia é muito moroso, porquanto implica a inculcação de valores morais e sociais a pessoas incapazes de ver para além das palas com que cresceu ou se habitou a usar e que, claramente, pensa que vive nos Estados Unidos ou no Iraque. É sobretudo, um tratamento doloroso, na medida em que obriga à utilização de faculdades há muito adormecidas, nomeadamente as de pensar e interpretar. No Carapaus com Chantilly queremos contribuir para a rápida identificação dos responsáveis, pelo que divulgamos um retrato robô de dois dos suspeitos fornecido pela polícia:
As nossas desculpas. As justificações que acabaram de ler não dizem respeito ao caso do Saldanha, mas a qualquer outro país do mundo onde as tensões raciais e religiosas e movimentos independentista atingem realmente níveis perturbadores de conflito aberto. Sendo assim, e para retomar o fio à meada, fontes próximas das equipas de investigação admitem que o caso foi perpetrado por indivíduos com níveis muito baixos de inteligência social padecendo da patologia conhecida por magnus tempus libris. Como se sabe, esta doença, também designada de micosis coçandi, resulta da frustração da pessoa pela vida patética que leva, motivando a realização de actos covardes contra quem nada tem a ver com o assunto. O tratamento desta patologia é muito moroso, porquanto implica a inculcação de valores morais e sociais a pessoas incapazes de ver para além das palas com que cresceu ou se habitou a usar e que, claramente, pensa que vive nos Estados Unidos ou no Iraque. É sobretudo, um tratamento doloroso, na medida em que obriga à utilização de faculdades há muito adormecidas, nomeadamente as de pensar e interpretar. No Carapaus com Chantilly queremos contribuir para a rápida identificação dos responsáveis, pelo que divulgamos um retrato robô de dois dos suspeitos fornecido pela polícia:
A captura afigura-se difícil, pois com a quantidade de gente com esta imagem que anda por aí...
ML
Políticos Portugueses - Os novos comediantes
Parece-me que ficaríamos todos a ganhar se os políticos portugueses fossem impedidos de tomar qualquer espécie de decisão séria mas pudessem continuar a dizer as barbaridades que habitualmente dizem. Seria assim uma espécie de Levanta-te e Ri mas com piada.
Já estou a ver as conversas de café: Pá, ouviste as declarações do Mário Lino? Possa que aquele gajo é muito bom. Eheh. A margem Sul, um deserto! Opá, é demais! Será que é ele que escreve o seu próprio material? E aquela do Sócrates hun? Não tem licenciatura mas diz que é engenheiro! País de doutores? Mas quais doutores se são todos engenheiros? Eheheh. Tens de ir trabalhar? Ok. Prazer em vê-lo... Ó Sr.Engenheiro! Bahahahahahah! Olha, cuidado com os ventos quentes provenientes da margem Sul! Ahahahah!
Passaríamos a ser um povo muito mais alegre e sorridente acreditem.
CP
Já estou a ver as conversas de café: Pá, ouviste as declarações do Mário Lino? Possa que aquele gajo é muito bom. Eheh. A margem Sul, um deserto! Opá, é demais! Será que é ele que escreve o seu próprio material? E aquela do Sócrates hun? Não tem licenciatura mas diz que é engenheiro! País de doutores? Mas quais doutores se são todos engenheiros? Eheheh. Tens de ir trabalhar? Ok. Prazer em vê-lo... Ó Sr.Engenheiro! Bahahahahahah! Olha, cuidado com os ventos quentes provenientes da margem Sul! Ahahahah!
Passaríamos a ser um povo muito mais alegre e sorridente acreditem.
CP
quarta-feira, maio 30, 2007
Resultado da greve
É interessante como acontece sempre a mesma coisa. Dia de greve, confusão total, finalmente se percebe que há muita gente que está a trabalhar fora da função pública. Também se descobre ou redescobre que muita muita gente tem transporte particular ou então sofre de severas perturbações mentais e resolve passear de carro sempre que há greve da função pública. E finalmente os patrões (alguns, alguns) demonstram alguma compreensão relativamente aos atrasos dos seus trabalhadores. Mas dizia eu que acontece sempre a mesma coisa e na verdade não é disto que se trata. Falo sim dos resultados exibidos orgulhosamente quer pela CGTP como pelo Governo. Desta vez a CGTP divulgou que 78% dos trabalhadores aderiu à greve mas o Governo divulgou, por sua vez, o interessante valor de 13%. Ora bem, se a matemática não me falha, há aqui uma disparidade notória.
O que mais me assusta no meio disto tudo é que chegar aos valores de adesão à greve, acaba por ser, quase exclusivamente, uma questão de saber quem não foi trabalhar ou seja, é preciso contar pessoas ou contar a falta de pessoas tendo em conta o número de trabalhadores que se tem. Contar pessoas afigura-se portanto como uma actividade que tanto o pessoal da CGTP como o pessoal do Governo são obviamente incapazes de fazer. Isto sim é terrivelmente assustador porque indica claramente que das duas uma, ou as pessoas que recebem o meu IRS, tratam das minhas papeladas legais, orientam portanto a minha vida como cidadão, não sabem fazer contas e neste caso já percebo porque nunca nada funciona quando é preciso, os papéis nunca estão correctos, as contas falham sempre, é sempre preciso pagar mais mesmo que depois nos digam que afinal somos nós que temos de receber, etc. Ou são os governantes, pessoas que no fundo mandam nas outras pessoas que não sabem fazer contas, que também não conseguem realizar algo como uma simples subtracção: Nº Total de Trabalhadores - Nº de Trabalhadores que Faltaram.
Tremo só de pensar que é esta gente que faz este país funcionar. A nossa sorte é que não são só eles!
P.S. Também achei interessante o orgulho com que uma cidadã, dirigente da CGTP, explicava que os serviços de saúde trabalharam durante um dia inteiro apenas com os serviços mínimos. É realmente algo que merece ser dito com grande orgulho e tenho a certeza que os milhares de utentes que habitualmente já desesperam nas urgências adorariam dar-lhe umas "palmadinhas" de apreço.
CP
O que mais me assusta no meio disto tudo é que chegar aos valores de adesão à greve, acaba por ser, quase exclusivamente, uma questão de saber quem não foi trabalhar ou seja, é preciso contar pessoas ou contar a falta de pessoas tendo em conta o número de trabalhadores que se tem. Contar pessoas afigura-se portanto como uma actividade que tanto o pessoal da CGTP como o pessoal do Governo são obviamente incapazes de fazer. Isto sim é terrivelmente assustador porque indica claramente que das duas uma, ou as pessoas que recebem o meu IRS, tratam das minhas papeladas legais, orientam portanto a minha vida como cidadão, não sabem fazer contas e neste caso já percebo porque nunca nada funciona quando é preciso, os papéis nunca estão correctos, as contas falham sempre, é sempre preciso pagar mais mesmo que depois nos digam que afinal somos nós que temos de receber, etc. Ou são os governantes, pessoas que no fundo mandam nas outras pessoas que não sabem fazer contas, que também não conseguem realizar algo como uma simples subtracção: Nº Total de Trabalhadores - Nº de Trabalhadores que Faltaram.
Tremo só de pensar que é esta gente que faz este país funcionar. A nossa sorte é que não são só eles!
P.S. Também achei interessante o orgulho com que uma cidadã, dirigente da CGTP, explicava que os serviços de saúde trabalharam durante um dia inteiro apenas com os serviços mínimos. É realmente algo que merece ser dito com grande orgulho e tenho a certeza que os milhares de utentes que habitualmente já desesperam nas urgências adorariam dar-lhe umas "palmadinhas" de apreço.
CP
sexta-feira, maio 25, 2007
Mario Lino, os aviões e as pessoas.
Numa intervenção feita ontem num almoço-debate com economistas, em Lisboa, o ministro disse que as alternativas à Ota na margem sul do Tejo são sítios "sem gente, sem turismo, sem comércio", um "deserto para onde seria necessário deslocar milhões de pessoas", apoiando-se num estudo de Manuel Porto, antigo eurodeputado do PSD.
"Fazer um aeroporto na margem sul seria um projecto megalómano e faraónico porque, além das questões ambientais, não há gente, não há hospitais, não há escolas, não há hotéis, não há comércio, pelo que seria preciso levar para lá milhões de pessoas", disse Mário Lino.
O titular da pasta das Obras Públicas disse ainda que um novo aeroporto na margem sul do Tejo seria "uma espécie de Brasília do norte do Alentejo".
O ministro sublinhou também que "ninguém consulta um engenheiro para decidir onde ficará um aeroporto". "A engenharia portuguesa tem algum problema em resolver este problema de um aterrosinho, num mundo onde se constroem aeroportos no mar?", questionou.
Mário Lino não resistiu também a comparar a opção sul do Tejo a um doente aparentemente de boa saúde, mas "com um cancro nos pulmões".
In Expresso On-Line 25/05/2007
Eu até era para gozar com estas afirmações mas além de ter consciência que o meu sentido de humor maldoso me iria levar a gozar com pessoas (aparentemente inexistentes segundo Mário Lino) da Margem Sul, pessoas pelas quais tenho enorme estima e apreço (e não digo isto por me meterem algum medinho, principalmente quando me "pedem" trocos enquanto exibem o último modelo das facas ginsu adquiridas ao amigo Né-Kota da esquina Sul do centro comercial Areia Branca) também começo a ganhar algum civismo e parece-me indecente gozar com criaturas acéfalas que fazem afirmações destas.
CP
"Fazer um aeroporto na margem sul seria um projecto megalómano e faraónico porque, além das questões ambientais, não há gente, não há hospitais, não há escolas, não há hotéis, não há comércio, pelo que seria preciso levar para lá milhões de pessoas", disse Mário Lino.
O titular da pasta das Obras Públicas disse ainda que um novo aeroporto na margem sul do Tejo seria "uma espécie de Brasília do norte do Alentejo".
O ministro sublinhou também que "ninguém consulta um engenheiro para decidir onde ficará um aeroporto". "A engenharia portuguesa tem algum problema em resolver este problema de um aterrosinho, num mundo onde se constroem aeroportos no mar?", questionou.
Mário Lino não resistiu também a comparar a opção sul do Tejo a um doente aparentemente de boa saúde, mas "com um cancro nos pulmões".
In Expresso On-Line 25/05/2007
Eu até era para gozar com estas afirmações mas além de ter consciência que o meu sentido de humor maldoso me iria levar a gozar com pessoas (aparentemente inexistentes segundo Mário Lino) da Margem Sul, pessoas pelas quais tenho enorme estima e apreço (e não digo isto por me meterem algum medinho, principalmente quando me "pedem" trocos enquanto exibem o último modelo das facas ginsu adquiridas ao amigo Né-Kota da esquina Sul do centro comercial Areia Branca) também começo a ganhar algum civismo e parece-me indecente gozar com criaturas acéfalas que fazem afirmações destas.
CP
terça-feira, maio 22, 2007
A Astronomia
Carapaus com Chantilly orgulha-se (?) de anunciar...
...a sua primeira aventura no maravilhoso mundo da língua espanhola! Um espaço de pedagogia! É a função social dos Carapaus no seu esplendor!
Nota: Segue este link para uma versão sem legendas.
...a sua primeira aventura no maravilhoso mundo da língua espanhola! Um espaço de pedagogia! É a função social dos Carapaus no seu esplendor!
Nota: Segue este link para uma versão sem legendas.
Nota 2, mas não menos importante: Faltou o agradecimento à Mauina pelo envio deste delicioso, inspirador discurso do senhor Alcalde. Desculpa, Mauina, por não ter deixado o agradecimento no slide-show, às quatro da manhã confesso que não me ocorreu. Fica aqui o devido tributo!
ML
sexta-feira, maio 18, 2007
A Idade da Inocência
Não posso deixar de me comover com a seguinte cena: em plena Loja do Cidadão, um pai emerge da multidão, levando o filho pela mão. Detendo-se ambos defronte a máquinas das senhas, pergunta o pai ao filho: «Consegues chegar ao botão»?
Oh, quão bela a Idade da Inocência...!! A inconsciência e confiança naturais no carregar imediato de um simples botão... Quão distinto de um adulto... que demora uma eternidade a olhar para o aparelho... ciente que um pulsar em falso traz consigo a maldição de uma espera interminável que o conduzirá ao balcão errado... e de volta aos botões...
ML
Oh, quão bela a Idade da Inocência...!! A inconsciência e confiança naturais no carregar imediato de um simples botão... Quão distinto de um adulto... que demora uma eternidade a olhar para o aparelho... ciente que um pulsar em falso traz consigo a maldição de uma espera interminável que o conduzirá ao balcão errado... e de volta aos botões...
ML
terça-feira, maio 15, 2007
Precisas de um empurrãozinho...?
...vai à Caixa.
Há alguma razão em especial para o anúncio ser filmado na Faculdade de Letras ou estão só a gozar com a minha cara?
ML
Eu digo-vos para onde podem ir...
Há alguma razão em especial para o anúncio ser filmado na Faculdade de Letras ou estão só a gozar com a minha cara?
ML
Eu digo-vos para onde podem ir...
domingo, maio 13, 2007
Outras finas ironias
IV CORRIDA CONTRA A FOME
(Será servido a todos os participantes um delicioso e farto repasto após a corrida)
CP
quarta-feira, maio 09, 2007
segunda-feira, maio 07, 2007
Delfins - O regresso
domingo, maio 06, 2007
Pá, telefonamos aos gajos a dizer o que aconteceu ou não? E já agora, apetece-te patrulhar a fronteira?
Uma fonte da GNR, responsável por esta fiscalização, referiu hoje que a fronteira entre os dois países não tem tido controlo 24 horas por dia, uma vez que isso “seria contraproducente para o sucesso da eventual captura do suspeito”, anulando o “efeito surpresa”. A mesma fonte adiantou ainda os que os períodos das operações stop na ponte do Guadiana estão a ser conjugados com acções similares, noutras estradas da zona, entre elas a Via do Infante.
Durante o dia de ontem foi ainda possível apurar que apenas na manhã de sexta-feira - quase 12 horas após o desaparecimento da menina – é que o SEF foi informado pela PJ do rapto. Durante este período de tempo qualquer pessoa que tivesse raptado a criança, podia atravessar a fronteira de carro sem qualquer tipo de obstáculo.
Uma actuação algo bizarra, uma vez que segundo fonte policial, o procedimento neste tipo de casos obriga a que a PJ alerte de imediato o SEF, principalmente se o desaparecido for estrangeiro. Coisa que manifestamente não aconteceu.
Esta coisa do efeito surpresa é interessante. Segundo percebi não vale a pena patrulhar a fronteira porque elimina uma possibilidade de fuga ao raptor, eliminando também o "efeito surpresa", ou seja a "surpresa" que o raptor iria ter caso quisesse fugir atravessando a fronteira. Mas neste caso, não patrulhando a fronteira, não estará este "efeito surpresa" do lado do raptor? Parece-me também que as diversas agências estão demasiado preocupadas com este fenómeno da surpresa. A GNR não quis perder o "efeito surpresa" mas está-se a ver que (infelizmente) já foi "surpresa" pelo raptor. A Polícia Judiciária preferiu "surpreender" o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras não emitindo o alerta atempadamente e o SEF por sua vez prefere não "surpreender" ninguém fazendo o que faz melhor: nada.
Caros progenitores da criança: SURPRESA! E já agora, bem vindos a Portugal.
CP
Caros progenitores da criança: SURPRESA! E já agora, bem vindos a Portugal.
CP
quarta-feira, maio 02, 2007
Finas ironias
O jornal Público vai lançar uma colecção de livros ("O maior projecto editorial" - ainda por cima!) que nos ajuda a identificar as diversas espécies de árvores existentes nas florestas de Portugal.
CP
CP
terça-feira, maio 01, 2007
Problemas de expressão
Conversa entre dois amigos invisuais:
Invisual 1 - Mano, é que não 'tás bem a ver. Eu tenho a certeza que ela gosta de mim. Quando estou perto dela, sei lá, há qualquer coisa.
Invisual 2 - C'um camandro Zé António! É que só não vê quem não quer!
CP
Invisual 1 - Mano, é que não 'tás bem a ver. Eu tenho a certeza que ela gosta de mim. Quando estou perto dela, sei lá, há qualquer coisa.
Invisual 2 - C'um camandro Zé António! É que só não vê quem não quer!
CP
quarta-feira, abril 25, 2007
Nova casa
Foi descoberto um novo planeta. O Gliese 581 B fica a uns aninhos-luz para lá da Terra, assim como quem sai para Marte mas continua sempre sempre sempre, passa pela lavandaria "Nova Estrela" e é mesmo à direita do restaurante "Cacau do Rego do Universo", um franchising do tão popular "Cacau do Rego", que podemos encontrar o planeta que anda a fazer sonhar muito jovenzito de telescópio na mão. Na outra mão encontra-se, habitualmente, creme hidratante ou uma revista Penthouse. Mas não são só os corações dos jovens que palpitam ao ouvir falar desta descoberta. Soubemos que grande parte dos líderes mundiais já estão a esfregar as mãos enquanto se telefonam a dar a boa nova: Oh não-se-quantos já soubeste da última? Descobriram um planeta novo para a malta destruir!
Notícia: http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,2457757,00.html
CP
terça-feira, abril 24, 2007
terça-feira, abril 17, 2007
PPD - Pedido Público de Desculpas
Sabem, tenho uma confissão um bocado embaraçosa a fazer-vos. Quando o CP criou uma conta aqui nos Carapaus para registar o número de visitas diárias que íamos tendo, eu fiquei entusiasmadíssimo. Principalmente porque, naquela altura, até estavamos a ter umas audiências porreiras e acho até que tínhamos quatro Carapaus a escrever ao mesmo tempo no Blog. Então eu, religiosamente, ao final de cada dia, ía ver que tal nos tínhamos portado. Aliás, acho que isso se nota bem pela quantidade de vezes que eu postei imagens do nosso contador. Mas pronto, era novidade, e eventualmente as nossas visitas vieram cá para baixo e o contador, no que a mim me dizia respeito, seguiu o mesmo destino de todos os brinquedos com mais de duas semanas: o olvido.
E hoje lembrei-me de ir ao contador outra vez (já não devia ir à vontade há uma semana). E foi isso que motivou o meu pedido público de desculpas de hoje. Porque se eu, o CP ou o HS (nem falo nos outros três - para quê? - parasitas da nossa fama, freeloaders...) frequentássemos o nosso contador com a regularidade que se impunha não teríamos incorrido em falta para com os nossos leitores.
E hoje lembrei-me de ir ao contador outra vez (já não devia ir à vontade há uma semana). E foi isso que motivou o meu pedido público de desculpas de hoje. Porque se eu, o CP ou o HS (nem falo nos outros três - para quê? - parasitas da nossa fama, freeloaders...) frequentássemos o nosso contador com a regularidade que se impunha não teríamos incorrido em falta para com os nossos leitores.
Não fossemos nós tão egoístas, tão virados para o nosso umbigo, e teríamos notado, no dia 14 de Abril, a angústia de quem veio cerca de 930 vezes ao blog, à espera de um post que nunca saiu. A este anónimo leitor, ML & his merry Carapaus apresentam umas muito sinceras e sentidas desculpas. Fora isso, foi um dia normalíssimo, 61 visitas... gostava era de saber quem é o tarado que abre a nossa página nove centenas de vezes durante o dia... freaking stalker... brrr...
ML & his merry Carapaus
ML & his merry Carapaus
terça-feira, abril 10, 2007
Histórias de Embalar (I)
Hoje um rapaz veio ter comigo e pediu-me uma moeda. Perguntei-lhe o que é que eu ganhava com isso ao que ele respondeu simplesmente "paz de espírito". Olhei para ele, sorri e segui caminho. Detesto chicos-espertos.
sexta-feira, abril 06, 2007
Votos de uma boa, santa (porque senão não tem piada) e doce (parte da piada) Páscoa!
sábado, março 31, 2007
Resposta - Parte 1
Tendo em conta que somos 6 isto será ligeiramente complicado mas cá fica a nossa resposta ao desafio proposto pelos amigos Knoppix e pelo RG.
Como se torna complicado escrever 7 coisas, revolvemos aldrabar isto e escrever apenas o que achamos ser mais relevante. Sabendo também que poucas pessoas têm paciência para ler um texto com mais do que uma dúzia de linhas, esta nossa resposta será realizada por partes.
1ª Parte
Algumas coisas que fazemos bem:
(As respostas abaixo indicadas dizem respeito a apenas alguns dos 6 membros deste site. De modo algum queremos ferir sensibilidades ou com esta expressão ("sensibilidade") implicar que alguns de nós sejam sensíveis ao ponto de ficarem feridos com estas respostas. "ficar ferido" deverá ser lido também sem qualquer conotação "sensível". Obrigado.)
1.Asneiras. Somos sem dúvida alguma os melhores a asneirar. Caso esteja farto(a) de que a sua vida seja perfeita, não hesite, passe por cá e veja como a sua vida ou o seu oásis de calma e tranquilidade se assim a quiser chamar, pode num instante transformar-se num enorme fosso de m####.
2.Fazer pouco de coisas sérias. Quando soubemos que iria haver um novo filme do Super-Homem fomos os primeiros a dar a conhecer a trama do filme; 3 horas emocionantes de confronto entre Clark-Kent/Super-Homem e a entrada do Daily Planet sem rampa para deficientes. Também dissemos ao mundo quem seria o novo nêmesis de Super-Homem, alguém que estaria literalmente à sua altura: Stephen Hawking.
3.Achar. Se há algumas pessoas que são boas a saber, pensar, fazer, executar ou até a implementar algo, nós somos mesmo bons a "achar que..." qualquer coisa. Um bom exemplo disto é esta mesma lista. Nós "achamos" que somos bons a fazer estas coisas. Mas o nosso "achar" é um "achar" com alguma boa dose de "certeza" e por isso não é um "achar" qualquer. É como que um "achar" "especial" mas "especial" no "bom" sentido da palavra e não naquele sentido em que se diz que algumas pessoas são "especiais" quando na realidade se quer apenas dizer que são "teclas 3" ou simplesmente "retardadas" ou algo assim.
4.Ocificar. Ocificar é uma actividade que nos fascina. Se por um lado tem a sua componente lúdica, nós do Carapaus, preferimos ver a ocificação como uma actividade séria, mais do que um trabalho, vemos a ocificação como uma arte. Uma arte que nós, graças a anos e anos de esforço, conseguimos aperfeiçoar. Sendo por vezes árdua, chega até a ser uma actividade aborrecida mas é algo que tem de ser feito por alguém competente e se há algo que define os Carapaus é "competência". Portanto, caso precise de alguém que transforme esses tempos-livres no mais puro ócio já sabe quem contactar.
5.Responder a questionários na rua. Já tentou responder aos difíceis questionários que jovens universitárias fazem nas ruas? É uma experiência que, para muitos, chega a ser traumática.
"Que marca considera a mais relevante no panorama dos congelados em Portugal?", "Como é constituído o seu agregado familiar", "Qual a sua opinião sobre o uso crescente de preservativos como balões em festas da espuma?". Tudo perguntas que levam qualquer criatura ao desespero mas às quais nós do Carapaus com Chantilly estoicamente damos resposta para que você, sim você, possa seguir caminhando tranquilamente e, virando a cabeça ligeiramente para trás, possa esboçar esse seu sorrisinho semi-perverso como que a dizer "Olha só aquele Tóni! Nunca mais vai a lado nenhum.". Pois é, nós fazemos o enorme esforço não só de responder aos ditos inquéritos, como fazemos também questão de assegurar a segurança de ditas jovens universitárias, levando-as muitas vezes até ao conforto dos seus lares e responder a um inquérito mais pessoal. Tónis? I beg to differ good sirs. Mas enfim, a cada um as suas preferências!
No próximo capítulo: Algumas coisas que fazemos mal.
Como se torna complicado escrever 7 coisas, revolvemos aldrabar isto e escrever apenas o que achamos ser mais relevante. Sabendo também que poucas pessoas têm paciência para ler um texto com mais do que uma dúzia de linhas, esta nossa resposta será realizada por partes.
1ª Parte
Algumas coisas que fazemos bem:
(As respostas abaixo indicadas dizem respeito a apenas alguns dos 6 membros deste site. De modo algum queremos ferir sensibilidades ou com esta expressão ("sensibilidade") implicar que alguns de nós sejam sensíveis ao ponto de ficarem feridos com estas respostas. "ficar ferido" deverá ser lido também sem qualquer conotação "sensível". Obrigado.)
1.Asneiras. Somos sem dúvida alguma os melhores a asneirar. Caso esteja farto(a) de que a sua vida seja perfeita, não hesite, passe por cá e veja como a sua vida ou o seu oásis de calma e tranquilidade se assim a quiser chamar, pode num instante transformar-se num enorme fosso de m####.
2.Fazer pouco de coisas sérias. Quando soubemos que iria haver um novo filme do Super-Homem fomos os primeiros a dar a conhecer a trama do filme; 3 horas emocionantes de confronto entre Clark-Kent/Super-Homem e a entrada do Daily Planet sem rampa para deficientes. Também dissemos ao mundo quem seria o novo nêmesis de Super-Homem, alguém que estaria literalmente à sua altura: Stephen Hawking.
3.Achar. Se há algumas pessoas que são boas a saber, pensar, fazer, executar ou até a implementar algo, nós somos mesmo bons a "achar que..." qualquer coisa. Um bom exemplo disto é esta mesma lista. Nós "achamos" que somos bons a fazer estas coisas. Mas o nosso "achar" é um "achar" com alguma boa dose de "certeza" e por isso não é um "achar" qualquer. É como que um "achar" "especial" mas "especial" no "bom" sentido da palavra e não naquele sentido em que se diz que algumas pessoas são "especiais" quando na realidade se quer apenas dizer que são "teclas 3" ou simplesmente "retardadas" ou algo assim.
4.Ocificar. Ocificar é uma actividade que nos fascina. Se por um lado tem a sua componente lúdica, nós do Carapaus, preferimos ver a ocificação como uma actividade séria, mais do que um trabalho, vemos a ocificação como uma arte. Uma arte que nós, graças a anos e anos de esforço, conseguimos aperfeiçoar. Sendo por vezes árdua, chega até a ser uma actividade aborrecida mas é algo que tem de ser feito por alguém competente e se há algo que define os Carapaus é "competência". Portanto, caso precise de alguém que transforme esses tempos-livres no mais puro ócio já sabe quem contactar.
5.Responder a questionários na rua. Já tentou responder aos difíceis questionários que jovens universitárias fazem nas ruas? É uma experiência que, para muitos, chega a ser traumática.
"Que marca considera a mais relevante no panorama dos congelados em Portugal?", "Como é constituído o seu agregado familiar", "Qual a sua opinião sobre o uso crescente de preservativos como balões em festas da espuma?". Tudo perguntas que levam qualquer criatura ao desespero mas às quais nós do Carapaus com Chantilly estoicamente damos resposta para que você, sim você, possa seguir caminhando tranquilamente e, virando a cabeça ligeiramente para trás, possa esboçar esse seu sorrisinho semi-perverso como que a dizer "Olha só aquele Tóni! Nunca mais vai a lado nenhum.". Pois é, nós fazemos o enorme esforço não só de responder aos ditos inquéritos, como fazemos também questão de assegurar a segurança de ditas jovens universitárias, levando-as muitas vezes até ao conforto dos seus lares e responder a um inquérito mais pessoal. Tónis? I beg to differ good sirs. Mas enfim, a cada um as suas preferências!
No próximo capítulo: Algumas coisas que fazemos mal.
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